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Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tocar um braço é tocar uma pessoa


Estava lendo um livro de um terapeuta – muito bom, a propósito – em que ele afirma haver uma necessidade de revelação total d@ paciente (termo utilizado por ele) na psicoterapia. Fui obrigada a discordar. 

Não penso que a terapia seja baseada em necessidade alguma, além da participação voluntária; mas sim que se desenvolve diante de infinitas possibilidades. @ cliente (termo que eu uso, apesar de não ser dos melhores também) procura a terapia para sentir-se melhor e é muito difícil que isso aconteça à força ou sob pressão. Mostrar-se é uma conseqüência da vontade da pessoa em atingir seus objetivos, somada à habilidade d@ terapeuta em deixar a pessoa à vontade o suficiente para isso. Observem que o verbo aqui é DEIXAR e não empurrar. 

E se a aceitação da pessoa é um princípio terapêutico bastante importante, nisso se inclui respeitar seu direito à privacidade. É @ terapeuta quem deve se adaptar ao cliente; que deve ser capaz de trabalhar com o que tem, de fazer o máximo que pode apenas com o que sabe. Porque é impossível saber tudo! Mas, ao mesmo tempo, é possível  mexer com tudo, quando se muda qualquer coisa. Eu não precisaria saber todos os ingredientes que uma sopa tem para mudar seu sabor acrescentando um legume diferente na panela.

É muito bom perceber que não se resolve apenas o que é dito, mas aquilo no que foi mexido. A dança em si se faz em silêncio.

Camila Sousa de Almeida

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