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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Bom dia



Dia desses ouvi na rádio, num dia nublado, a previsão do tempo: "o dia vai melhorar". Pensei: vai chover?
Porque dia bom é dia de chuva! Tanto quanto dia de sol...

Camila Sousa de Almeida

domingo, 21 de abril de 2013

Errando para acertar


Estava jogando dardos, eu e mais três jogadores. Cada área do alvo tinha o seu valor se acertada, e o objetivo era atingir determinada pontuação com a soma dos três arremessos a que cada um tinha direito. Entre os quatro, era eu quem estava mais distante do objetivo, pois sempre acertava alguns centímetros pro lado esquerdo de onde mirava. Virei motivo de piada. Esperavam que qualquer um ganhasse primeiro, menos eu. Isso me fez atentar mais para minha falha... Percebi que estava errando sempre do mesmo jeito. Enquanto me zoavam, silenciosamente decidi utilizar o meu erro ao meu favor: mirei alguns centímetros pro lado direito de onde eu realmente queria acertar. Bingo! De uma só vez alcancei a pontuação que precisava e venci o jogo antes de todos os outros. Hahahahaha! ;)

Camila Sousa de Almeida



sábado, 20 de abril de 2013

Viagem ao fundo do mar


“Visualize o mar”, foi a sugestão.

“Bastou isso para me banhar da terra que lhe dá o fundo; tornar-me sereia e peixe que nada de barriga pra cima; ser um ser de nadadeiras que flutua no ar e retorna à água, seu lugar de conforto...

A serpente não tardou em comer a própria cauda. Calmamente, após representar a ciclicidade nas áreas baixas, subiu tão reta quanto quieta, enrolando ela mesma nela. Fez da minha cabeça um globo da morte e rompeu a coroa rumo à estratosfera!

Lá haviam ovos. Sim, ovos gigantes! E deles saíam extreterrestres, que a mim eram semelhantes. Cada um entrava em seu respectivo túnel, para escorregar e chegar ao útero. Iriam nascer.”

É assim que se é hipnotizado. O agente lhe dá a passagem, mas é você quem faz o onde, como, e quando da viagem...

Camila Sousa de Almeida



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Refletindo



Muita gente passa na nossa vida, mas o que a gente aprende com elas, de verdade, fica. Com os outros a gente aprende mais sobre gente, mas, principalmente, conhece mais é a gente mesmo.

Pode ser surpreendente descobrir de repente o que as pessoas que só lhe conhecem de vista pensam de você. Você pode não gostar do que ouviu, mas aí você tem uma oportunidade para refletir: como chegaram a essa conclusão? E seguir as pistas...


É bom quando aprendemos a separar o que fazemos do que os outros interpretam disso. Porque tem coisas que só você pode saber. E haverão tantas opiniões quantos opinadores houverem. Nesse emaranhado todo, só você pode descobrir a si mesmo...

Extraordinariamente bom também pode ser conversar com alguém que há muito tempo não tinha contato, e que teve uma participação (especial ou não) na sua história. Descobrir que impacto você e suas atitudes tiveram na vida alheia pode ser reconfortante, ou incômodo ao ponto de mudar o rumo de suas escolhas de agora.

Tudo é sempre uma oportunidade. Perguntas simples podem criar mais delas; porque muitas são perdidas na dúvida, no devaneio, na imaginação sofrida... E respostas nem sempre terminam com ponto final.

Camila Sousa de Almeida



domingo, 14 de abril de 2013

Desautomatizando-se


Um homem veio a mim. Ele sofria do vício de fumar há trinta anos; ele estava doente e os médicos disseram:  "Você nunca ficará bom se não parar de fumar." Ele era um fumante crônico e não conseguia parar. Mas ele tentou, tentou arduamente e sofreu muito tentando. Conseguia por um ou dois dias, mas então a necessidade de fumar vinha tão forte que simplesmente o vencia. Novamente ele caía no mesmo esquema. Por causa disso, ele perdeu toda a autoconfiança; sabia que não podia fazer nem essa pequena coisa: parar de fumar. Ele se desvalorizou diante de si mesmo; considerava-se a pessoa mais sem valor do mundo. Não tinha mais respeito por si mesmo. E assim, ele veio a mim. Ele disse: "O que posso fazer? Como posso parar de fumar?" Eu lhe disse: "Você tem que entender. Agora, fumar não é apenas uma questão de decisão. É algo que já entrou no seu mundo de hábitos; já se enraizou. Trinta anos é um longo tempo. Esse hábito tem raízes no seu corpo, na sua química, espalhou-se em você. Não é mais apenas uma questão de decidir com a cabeça; sua cabeça não pode fazer nada. Ela é impotente; pode começar coisas, mas não pode pará-las facilmente. Uma vez que você começou e praticou por tanto tempo, você é um grande iogue - trinta anos de prática em fumar! Já se tornou automático; você tem que desautomatizar isso." Ele perguntou: "O que você quer dizer por desautomatizar?" É nisto que consiste toda a meditação: na desautomatização. Eu lhe disse: "Faça uma coisa: esqueça tudo sobre parar de fumar. Não há necessidade. Por trinta anos você fumou e viveu; é claro que foi um sofrimento, mas você se acostumou a ele também. E o que importa se você morrer algumas horas antes do que morreria sem fumar? O que você vai fazer aqui? O que você fez? Então, qual a importância em morrer na segunda, na terça ou no domingo, neste ou naquele ano - que importa?" Ele disse: "Sim, isso é verdade; não importa". Então eu disse: "Esqueça tudo sobre parar de fumar; não vamos parar absolutamente. Ou melhor, vamos compreender isso. Assim, da próxima vez, faça do fumar uma meditação". Ele disse: "Do fumar uma meditação?" Eu disse: "Sim. Se as pessoas zen podem fazer do beber chá uma meditação, uma cerimônia, por que não com o cigarro? Fumar também pode ser uma bela meditação". Ele ficou impressionado e disse: "O que você está dizendo? Meditação? Conte-me - nem posso esperar!" Então dei a meditação para ele: "Faça uma coisa. Quando pegar o maço de cigarros do seu bolso, pegue-o bem lentamente. Curta, não há pressa. Fique consciente, alerta, atento; pegue lentamente com atenção total. Então, tire um cigarro do maço com toda a atenção, lentamente, não da velha maneira apressada, inconsciente, mecânica. Depois, comece a bater o cigarro no maço, atentamente. Escute o som, como fazem as pessoas zen quando o samovar começa a cantar e o chá começa a ferver... e o aroma... Então cheire o cigarro e sinta sua beleza..." O homem disse: "O que você está dizendo? A beleza?" "Sim, ele é belo. O tabaco é tão divino quanto qualquer outra coisa. Cheire-o; é o cheiro de Deus". O homem ficou um pouco surpreso: "O quê? Você está brincando?" "Não, não estou brincando. Mesmo quando brinco, não brinco. Sou muito sério." Então, ponha o cigarro na boca, com toda a atenção, e acenda-o. Curta cada ato, cada pequeno ato, e divida-o em muitos pequenos atos para que você possa tornar-se o mais alerta possível. Dê a primeira tragada: Deus em forma de fumaça. Os hindus dizem, "Annam Brahm" - "Comida é Deus". Por que não a fumaça? Tudo é Deus. Encha profundamente seus pulmões - isto é pranayam. Estou lhe dando uma nova ioga para um novo tempo! Depois, solte a fumaça, relaxe; dê outra tragada - e faça tudo bem devagar... Se você puder fazer isso, ficará surpreso; logo verá toda a estupidez disso. Não porque os outros estão lhe dizendo que é estúpido, que é ruim. Você o verá; e não apenas intelectualmente, mas a partir de seu ser total; será uma visão da sua totalidade. E então, um dia, se o vício desaparecer, desapareceu; se continuar, continuou. Você não tem que se preocupar com isso." Depois de três meses, o homem voltou e disse: "Ele desapareceu!" "Agora, eu disse, tente isso com outras coisas também". Este é o segredo, o segredo: desautomatizar. Andando, ande devagar, atentamente. Olhando, olhe cuidadosamente e você verá que as árvores estão mais verdes do que nunca e as rosas estão mais rosas do que nunca. Escute! Alguém está falando, sussurrando: ouça atentamente. Quando você falar, fale atentamente. Deixe que toda a sua atividade de despertar torne-se desautomatizada.

Osho


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