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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Entend eu?




Quando pequenos aprendemos a usar lápis para desenhar, rabiscar, antes de aprender a escrever. E o que é escrever senão desenhar formas que formam letras? E seguindo os riscos de linhas no papel se formam palavras inteiras... frases, textos, histórias e vidas. 

Com vários pontos finais que não as terminam, vamos continuando com inícios de letras grandes, enquanto as pausas explicam o que certas formas não poderiam ditar. É preciso respirar para continuar. 

E o que continua pede espaço, pede buracos e vazios para ter conteúdo. É você que torna uma palavra, que é um simples desenho quase igual a outros iguais, uma forma única, porque só você a coloca onde só você a consegue colocar: no meio de outras, criadas por tua mente e tuas mãos que escrevem e desenham sons no ar quando escritos com a língua de falar. 

As mãos que escrevem também esculpem formas sem fôrmas, preenchendo com seu próprio pensamento o interior de um vaso, que é algo em que outras coisas se pode colocar. 

Palavras são vasos. Você preenche. Você esvazia. Você carrega, ou entrega, e dá. A utilidade que cabe nela cabe a ti colocar. 

“Mundo” se faz com apenas 5 elementos, cinco que cabem exatamente na sua mão, onde se põe lápis e objetos de criação. Crie então, desenhando e inventando todas as formas de mundos que podem nascer da imaginação. Alterne retas e curvas, não fique parado nos acentos, porque o tom da sua vida pode ter, nos desenhos que formam você, o som da batida feliz de um coração.

Camila Sousa de Almeida

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A história do pato


Dois irmãos visitavam seus avós no sítio, nas férias. Felipe, o menino, ganhou um estilingue para brincar no mato. Praticava sempre, mas nunca conseguia acertar o alvo.

Certa tarde viu o pato de estimação da vovó. Em um impulso atirou e acabou acertando o pato na cabeça e o matou. Ele ficou chocado e triste.

Entrou em pânico e escondeu o pato morto no meio da madeira! Beatriz, a sua irmã, viu tudo mas não disse nada aos avós.

Após o almoço do dia seguinte, a avó disse: "Beatriz, vamos lavar a louça". Mas ela disse: "Vovó, o Filipe me disse que queria ajudar na cozinha". E olhando para ele sussurrou: "Lembra do pato?" Então o Felipe lavou os pratos.

Mais tarde o vovô perguntou se as crianças queriam pescar e a vovó disse: "Desculpe, mas eu preciso que a Beatriz me ajude a fazer o jantar." Beatriz apenas sorriu e disse, "Está bem, mas o Filipe me disse que queria ajudar hoje", e sussurrou novamente para ele, "Lembra do pato?". Então a Beatriz foi pescar e Filipe ficou para ajudar.

Após vários dias o Filipe sempre ficava fazendo o trabalho da Beatriz até que ele, finalmente não agüentando mais, confessou para a avó que tinha matado o pato.

A vovó o abraçou e disse: "Querido, eu sei... eu estava na janela e vi tudo, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar a Beatriz fazer você de escravo!".

Autor desconhecido

domingo, 8 de maio de 2011

Dê a luz!


De vez em quando é bom cobrar-se arrumar o quarto.  Cozinhar para si mesm@, negociar o que vai comer de saudável antes da sobremesa. Estar atent@ às pessoas com quem se faz amizade ou se fala na rua, ao mesmo tempo em que se incentiva a socializar. 

É bom saber a hora de brincar e de ser séri@, saber dar e reconhecer limites. Equilibrar o tempo de trabalho, com um tempo para os próprios cuidados, para o lazer, regando a auto-estima com atenção e carinho. 

É preciso priorizar as urgências sem deixar de manter os compromissos. Buscar as melhores respostas para as constantes perguntas. Revisitar a infância, aprendendo de novo seu dinamismo e sabedoria.

É muito bom dar-se um banho bem dado, tomar um chazinho quente, e saber passar a noite em claro fazendo algo importante, mesmo que o corpo queira estar dormindo. 

É necessário disciplinar-se e ter dentro da rotina flexível um tempo para exercícios físicos. Ensinando o corpo, a mente também aprende; pois a vida é lúdica. 

Por esses e tantos outros motivos, eu recomendo: seja mãe de si mesm@.
Camila Sousa de Almeida


A prende





A criança tem o dom de saber ser feliz. Nasce com a pureza de quem não sabe o significado de nada, mas a maturidade de quem sabe sentir a alegria e o prazer de corpo e alma

Por agir inocentemente, expressando seu carinho da forma como pedem seus sentimentos e instintos, ela é capaz de dar um beijo na boca do(a) coleguinha e aquilo ser a forma de amar mais pura do mundo! Mas aí vêm os adultos e condenam sua liberdade

Para um adulto, aquilo é uma coisa; para a criança, é outra. E como ela vai entender por que uma coisa tão, mas tão maravilhosa, recebe um grande e incompreensível NÃO?! Ela fica confusa... Não se deve sentir prazer? Não se deve expressar carinho? Não se deve amar? O que é bom é ruim? Nossa... Como entender esse mundo tão complexo?!

Várias investidas condenadas de compartilhar sua alegria de viver vão podando o seu modo de vida; a criança passa a reprimir-se fortemente (agora já por si mesma) em busca da aceitação alheia. Esconde o que realmente quer, acumula dentro de si o que só pode ser seu (isso foi o que lhe ensinaram); e como é grande a sua capacidade de aprender, ela passa a contentar-se com migalhas. 

A criança vai se tornando adulto... E quando o adulto aprende a ser criança, ele reaprende a ser feliz! Felizmente, isso acontece. 

Camila Sousa de Almeida

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Maternidade provoca mudanças estruturais no cérebro

Com o nascimento do bebê ocorre expansão de áreas relacionadas ao aprendizado e ao planejamento

Fêmeas de várias espécies passam por mudanças estruturais no cérebro quando seus filhotes nascem. Cientistas sabem que as alterações estão relacionadas à criação de vínculos com os recém-nascidos – um recurso da natureza para garantir mães protetoras que cuidam dos filhotes.

Esse processo vem sendo estudado também em humanos. A neurocientista Pilyoung Kim, do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, junto com pesquisadores da Universidade Yale e da Universidade de Michigan produziram mapas detalhados do cérebro de 19 mulheres poucas semanas depois de elas terem dado à luz. Em paralelo, os pesquisadores pediram às mães que escolhessem palavras de uma lista de reforços positivos como “lindo”, “perfeito” e “especial” para descrever como se sentiam em relação aos seus filhos e à experiência de cuidar deles.

O mapeamento cerebral foi repetido três meses depois. Como previsto, algumas áreas, incluindo hipotálamo, amígdala e substância negra (regiões que, segundo alguns estudos, estão associadas à preocupação, ao aprendizado e à formação de sentimentos positivos relacionados aos recém-nascidos) haviam se expandido. Também foi verificado um aumento do córtex pré-frontal, ligado ao planejamento e à capacidade de tomar decisões. Além disso, observou-se uma maior expansão cerebral em mães que tinham escolhido mais palavras positivas para descrever suas impressões sobre a maternidade.

Os pesquisadores ainda não sabem se é o crescimento do cérebro que provoca mudanças de sentimentos ou o contrário. Os resultados, porém, indicam que pela primeira vez foi detectada uma relação entre sensações subjetivas das mães e alterações físicas cerebrais. Cientistas planejam realizar novos estudos para investigar o fenômeno, analisando se há alterações cerebrais também nos homens que se tornam pais.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/maternidade_provoca_mudancas_estruturais_no_cerebro.html


E eu me pergunto: se uma experiência extraordinária pode mudar até a sua estrutura física, o que, no seu mundo subjetivo, você não poderia mudar?!
Camila Sousa de Almeida

terça-feira, 3 de maio de 2011

De repente(?)

A morte é um fato que chega às vezes de repente, como um tapa na cara em quem vive correndo para um lado e para o outro sem tempo de enxergar a vida desesperada por atenção. Ela pode lhe aparecer repentinamente, mas não ter acontecido de repente para aquele que se foi, até porque foi com intenção. Quem se mata, faz isso aos poucos... 

E de muitas formas: afastando-se dos outros; comendo muito, precariamente ou pouco; dormindo demais... Absurdamente estando sempre sorridente, dizendo “bem, e você?!”; bebendo “só nos”, mas em TODOS os finais de semana; fumando pra relaxar; sempre obedecendo ou nunca questionando; querendo ser sempre o primeiro a chegar (mesmo que não seja corrida)... Nunca tendo namorado(a) ou “conhecendo” um(a) pretendente em todo lugar... Não praticando nenhuma atividade física; guardando raiva e dizendo, pelo corpo doente, o que a boca não diz... Vivendo na frente da TV ou do computador, dependente da internet ou de sensações quimicamente provocadas; trabalhando trabalhando trabalhando sem descansar... 

São tantas as nossas ações cotidianas sutilmente destrutivas, que parece que todos nós estamos constantemente nos matando. Mas quem pensa seriamente nisso, sempre dá sinais. Você presta atenção de verdade nos seus amigos? Na sua família? Nos seus colegas, naqueles com quem costumar conviver, conversar? Você só fala ou também ouve? Quer realmente saber, ou só deixar a pessoa (a vida) passar?

A morte é inevitável, mas muita coisa não é. 

Camila Sousa de Almeida


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Toc, toc, toc



Tem vezes que ficamos com uma idéia fixa na cabeça. E aquilo parece martelar como um aviso: “faça, faça, faça” porque enquanto não fizer, estaremos aqui com você (os pensamentos, e sua coleguinha, a ansiedade). 

Passei um tempo assim ano passado, com uma espécie de necessidade de escrever e postar algo no meu blog todos os dias. Produzi muito e tive bons resultados. Mas acontece que nem todo pensamento e ação que este incita são benéficos, ou para serem de fato executados. 

Você pode, como eu, ter uma idéia que, colocada em prática, produz algum bem e elimina a sua ansiedade; e pode, compulsivamente, realizar tarefas planejadas obsessivamente, que no final das contas a mantém (a ansiedade), perpetuando o(s) pensamento(s) e a sensação de necessidade daquela ação.

Este padrão parece um círculo fechado, em que não há fim nem começo...  Mas se traçarmos uma linha reta no meio desse círculo ele não continuará sendo um círculo. Torna-se o quê, então? Alguma coisa que não um círculo, simplesmente... E mesmo estando ainda fechado, não será mais o mesmo. 


Pois se tentarmos repetir o desenho com um lápis sobre ele, haverão mais possibilidades de sequências... agora eu vou por aqui ou por ali? Você terá mais opções para escolher... O padrão antigo estará quebrado, e você terá novamente o controle nas mãos.
 
Deu pra entender? Se não, não tem problema... Muita coisa não se entende, mas se faz, ou se resolve, mesmo sem saber como nem porquê... Terapia às vezes é assim. ;)

Camila Sousa de Almeida
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