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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

domingo, 29 de janeiro de 2012

Visibilidade Transgênero no Brasil

Correio Braziliense - 18/01/2012

Jaqueline Gomes de Jesus

Em 29 de janeiro é comemorado em todo o Brasil o Dia da Visibilidade de Travestis e Transexuais, reconhecido por organizações sociais e representações do governo federal, como o Ministério da Saúde — que em 2004 lançou a campanha nacional Travesti e Respeito, a fim de promover o respeito à sua condição.

Apesar de haver pessoas transexuais nos diferentes espaços sociais, políticos, técnicos ou acadêmicos, a sua visibilidade, nos meios de comunicação em particular, é concentrada no aspecto marginal ou criminal, e pouco no cotidiano e demandas.

Pessoas transgênero (travestis ou transexuais) que buscam legalmente adequar o seu registro civil ao nome e ao gênero com o qual se identificam encontram obstáculos desumanizadores, sendo em geral demandadas, mesmo as que não desejam, a se submeterem a arriscadas cirurgias de redesignição genital para que lhes seja concedido o direito fundamental à identidade. Isso, além de ser uma violência institucional, é uma prática eugenista de esterilização forçada contra um grupo populacional, em pleno século 21.

O pequeno espaço conquistado por homens transexuais (pessoas que reivindicam o reconhecimento legal e social como homens) e mulheres transexuais (pessoas que reivindicam o reconhecimento legal e social como mulheres) é fruto de mobilização, geralmente individual, pelo mínimo respeito a suas especificidades e direitos fundamentais.

Esse não é um detalhe qualquer, e também não é suficiente para melhorar as condições do grupo. A sociedade em que vivemos dissemina a crença de que os órgãos genitais definem se uma pessoa será homem ou mulher. Porém, essa construção do sexo não é um fato biológico, é social.

Para a ciência biológica, o que determina o sexo de uma pessoa é o tamanho das suas células reprodutivas (pequenas — espermatozoides —, macho; grandes — óvulos —, fêmea), e só. Biologicamente, isso não define o comportamento masculino ou feminino das pessoas: o que faz isso é a cultura, a qual define alguém como masculino ou feminino, e isso muda de acordo com a cultura de que falamos.

Mulheres de países nórdicos têm características que para nossa cultura são tidas como masculinas. Ser masculino no Brasil é diferente do que é ser masculino no Japão ou mesmo na Argentina. Há culturas para as quais não é o órgão genital que define o sexo. Ser masculino ou feminino, homem ou mulher, é uma questão de gênero. Logo, o conceito que importa para entendermos homens e mulheres é o de gênero.

Muito ainda tem de ser enfrentado para se chegar a um mínimo de dignidade e respeito à identidade das pessoas transexuais, que vai além dos estereótipos.

No que especificamente se refere às mulheres transexuais, não há informação oficial de como órgãos públicos que representam as mulheres, como secretarias, seja em nível federal ou local, têm-se articulado para pensar e tentar auxiliar essas mulheres no que envolve a possibilidade de serem atendidas nas delegacias especializadas; a proteção pela Lei Maria da Penha; o respeito à sua identificação no trabalho e em outros espaços.

Em termos de comunicação de massa, não seria útil uma campanha defendendo o direito de todas as mulheres, biológicas ou não, à dignidade e a serem respeitadas como mulheres? Essa é uma grande preocupação das mulheres transexuais, que tantas vezes sofrem por não serem tratadas como mulheres.

Falando brevemente sobre ações do governo federal, que subscreve o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, observa-se a necessidade de se aprofundar o cumprimento da Portaria nº 233/2010, do Ministério do Planejamento, que adotou o nome social de servidores públicos federais travestis e transexuais, entretanto não foi implementada por alguns órgãos.

Nota-se também que o formato do novo documento de identidade, o Registro de Identidade Civil (RIC), expõe o sexo das pessoas. Isso não existe no atual RG.

O RIC não usa o conceito de gênero, mas o de sexo. O problema é que esse documento, na forma como se encontra, causará maior sofrimento do que o atual RG, para todas as pessoas travestis e transexuais que não conseguiram adequar seus documentos ao gênero com o qual se identificam.

São muitos os desafios para que as pessoas transgênero sejam consideradas humanas, quiçá cidadãs e cidadãos, neste país.


Jaqueline Gomes de Jesus é psicóloga e doutora em psicologia social e do trabalho pela Universidade de Brasília (UnB). 

sábado, 28 de janeiro de 2012

Indo Ou Vindo


 
Ao telefone, escutei alguém próximo também a falar: “tá me ouvindo?”. Segui-o, repetindo a frase que já tenho costume de pronunciar; identificando naquele instante o quanto somos parecidos com pessoas que nem sabemos que existem... 

A falha na comunicação é comum e está além dos problemas nos aparelhos eletrônicos; todos estamos precisando ser ouvidos e ouvir, além de escutar. Eu, alguém próximo, o(s) outro(s) do)s) outro(s) lado(s), o qual me certifico se está a me ouvir... 

“Estou te ouvindo” não precisa ser mais ouvido do que o silêncio de quem está realmente ouvindo... Fiquei a pensar...

Camila Sousa de Almeida


Saiba pedir

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ressignificação dos Paradigmas da Psicologia



Esses dias, mexendo em alguns papéis, encontrei uma pesquisa que respondi há quase três anos sobre como acontece a ressignificação dos paradigmas da Psicologia naqueles que fazem formação em hipnose e psicoterapia ericksoniana. 

Por acreditar que é um bom material para compartilhar com os interessados nesta abordagem, disponibilizo aqui as perguntas e respostas: 

Você é profissional ou estudante de psicologia?
Profissional.
Você já seguia alguma linha teórica em psicologia antes de ter contato com a Abordagem Ericksoniana?
Na época, ainda estudante de Psicologia, estudava e fazia terapia reichiana.
Por que você decidiu iniciar a formação em psicoterapia ericksoniana?
Não sabia da existência da linha ericksoniana, entrei no curso interessada na hipnose e só então descobri que era apenas uma das ferramentas de toda uma abordagem...
O que contribuiu para que você permanecesse nela?
Me apaixonei pela sua filosofia e pelo fato de se adaptar a cada indivíduo, ao invés de tentar adaptá-lo a modelos pré-estabelecidos. Além disso, todas as áreas da minha vida foram afetadas positivamente pela filosofia ericksoniana.
Você acredita que Abordagem Ericksoniana é diferente das demais que são estudadas na academia?
Sim, em diversos aspectos. Posso citar, além da característica já comentada, que as outras em geral acreditam que a tomada de consciência do que está no inconsciente é necessária para a resolução do problema, e/ou que o sofrimento é parte imprescindível do processo terapêutico.
Como foi para você o processo de entendimento desta abordagem.
 Vivenciá-la foi parte importante do aprendizado. O modo de ensino do professor, que colocava em prática vários dos princípios e técnicas; as tarefas (vivenciais) passadas para a turma durante o curso; e o próprio processo terapêutico pessoal, ajudaram a absorver não só consciente mas também inconscientemente a abordagem...
Quais foram as principais dificuldades que você encontrou para assimilar as técnicas e conceitos dessa perspectiva?
    A única dificuldade que recordo agora foi no início do curso, quando ainda faltavam exemplos e vivências.
Você concorda com a abordagem Ericksoniana?
     Sim, completamente. Porque não há uma limitação como as outras, já que nós ericksonianos podemos utilizar, além dos nossos, conceitos e técnicas de qualquer outra abordagem, contanto que não contrariem a nossa filosofia.
 Você acredita que a sua formação acadêmica contribuiu para essa opinião? De que forma?
   Como disse Einstein, “a mente que se abre para uma nova idéia, nunca mais volta ao seu tamanho original”. Tudo contribuiu... conhecer diversas abordagens me fez perceber que todas têm um pouco de razão. Mas se limitam a um pedaço da verdade, que é adequada para alguns e não para todos... o bom da ericksoniana é que não preciso me limitar e sim utilizar tudo o que aprendi, no contexto adequado.
 Você utiliza ou pretende utilizar as técnicas não-convencionais da Psicoterapia Ericksoniana?
  Sim, trabalho com a abordagem ericksoniana! Devo me adaptar a cada cliente, e isso pode significar utilizar técnicas não-convencionais. 
 Camila Sousa de Almeida

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A verdadeira verdade


No mundo muita coisa acontece por causa da "verdade". Ou da perseguição a ela. Ou da perseguição às pessoas, por causa dela. Muitos têm a pretensão de possuí-la ou conhecê-la; enquanto outros não acreditam nem em si mesmos, buscando apenas fazer-se acreditar. Porque qualquer coisa se torna “verdade” se alguém acredita. 

Guerras se travam entre possuidores de “verdades” que tornam o outro lado errado... “A sua verdade não é verdade; a verdadeira verdade é a minha”. Relacionamentos se complicam e até se arruinam pela disputa de quem está ou ficará com ela; aquela que às vezes é mais cobiçada do que os filhos numa eventual separação...

Na verdade, ninguém conhece a verdade. Nem mesmo sobre si mesmo – “verdade” provada pela existência da sua mente inconsciente. Se for verdadeiro consigo mesmo, você poderá notar que a “verdade” que você pode verdadeiramente descobrir é que a verdade é dividida. Em partes, como um elefante... Tromba, barriga, patas... E todo o restante. 

Camila Sousa de Almeida


domingo, 22 de janeiro de 2012

Alfabeto Emocional

O DR. Juan Hitzig (professor de biogerontologia) estudou as características de alguns longevos saudáveis e concluiu que além das características biológicas, o denominador comum entre todos eles está em suas condutas e atitudes. Cada pensamento gera uma emoção e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá impacto nos 5 trilhões de células que formam um organismo.

Condutas S: serenidade, silêncio, sabedoria, sabor, sexo, sono, sorriso, promovem a secreção de SEROTONINA.


Condutas R: ressentimento, raiva, rancor, reprovação, repressão, resistência facilitam a secreção de CORTISOL, hormônio corrosivo para as células.


Condutas S geram atitudes A: ânimo, amor, apreço, amizade, aproximação.


Condutas R geram atitudes D: depressão, desânimo, desespero e desolação.


Aprendendo este alfabeto emocional viveremos mais tempo e melhor porque o “SANGUE RUIM” (muito cortisol e pouca serotonina) deteriora a saúde, oportuniza as doenças e acelera o envelhecimento.
O bom humor, pelo contrário, é a chave para a longevidade saudável. Tenha uma excelente vida! Cheia de serotonina . . .
 

Fonte - Dr. Juan Hitzig

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Explicando Ericksonianamente

Um jovem queria uma explicação clara sobre o método de Erickson. Erickson interrompeu a conversa e levou o jovem para fora da sala. Apontou para a rua e perguntou-lhe o que via. Surpreendido, o jovem respondeu que via uma rua. “Nota algo nessas árvores?” Finalmente o jovem notou que todas estavam inclinadas para Este. “Tem razão, excepto uma. A segunda a contar do fim da rua, essa está inclinada para Oeste. Sempre há uma excepção” 

(Jay Haley, 1967)


Siga Seu Coração, Ele É Mais Inteligente Do Que Você Pensa

O coração é também o primeiro órgão formado no útero. O resto vem depois.

Recentemente, neurofisiologistas ficaram surpresos ao descobrirem que o coração é mais um órgão de inteligência, do que (meramente) a estação principal de bombeamento do corpo. Mais da metade do Coração é na verdade composto de neurônios da mesma natureza daqueles que compõem o sistema cerebral. Joseph Chilton Pearce-, autor de A biologia da Transcendência, chama a isto de  ”o maior aparato biológico e a sede da nossa maior inteligência.”

O coração também é a fonte do corpo de maior força no campo eletromagnético. Cada célula do coração é única e na qual não apenas pulsa em sintonia com todas as outras células do coração, mas também produz um sinal eletromagnético que se irradia para além da célula. Um EEG que mede as ondas cerebrais mostra que os sinais eletromagnéticos do coração são muito mais fortes do que as ondas cerebrais, de que uma leitura do espectro de freqüência do coração podem ser tomadas a partir de três metros de distância do corpo … sem colocar eletrodos sobre ele!

A freqüência eletromagnética do Coração produz arcos para fora do coração e volta na forma de um campo saliente e arredondado, como anéis de energia. O eixo desse anel do coração se estende desde o assoalho pélvico para o topo do crânio, e todo o campo é holográfico, o que significa que as informações sobre ele podem ser lidas a partir de cada ponto deste campo.

O anel eletromagnético do Coração não é a única fonte que emite este tipo de vibração. Cada átomo emite energia nesta mesma frequencia. A Terra está também no centro de um anel, assim é o sistema solar e até mesmo nossa galáxia … e todos são holográficas. Os cientistas acreditam que há uma boa possibilidade de que haja apenas um anél universal abrangendo um número infinito e interagindo dentro do mesmo espectro. Como os campos eletromagnéticos são anéis holográficos, é mais do que provável que a soma total do nosso Universo esteja presente dentro do espectro de freqüência de um único anél.

Isto significa que cada um de nós está ligado a todo o Universo e como tal, podemos acessar todas as informações dentro dele a qualquer momento. Quando ficamos quietos para acessar o que temos em nossos corações, nós estamos literalmente conectados à fonte ilimitada de Sabedoria do Universo, de uma forma que percebemos como “milagres” entrando em nossas vidas.

Quando desconectamos e nos desligamos da sabedoria inata de amor do Coração, baseado nos pensamentos, o intelecto refletido no ego assume o controle e opera independentemente do Coração, e nós voltamos para uma mentalidade de sobrevivência baseada no medo, ganância, poder e controle. Desta forma, passamos a acreditar que estamos separados, a nossa percepção de vida muda para uma limitação e escassez, e temos que lutar para sobreviver. Este órgão incrível, que muitas vezes ignoramos, negligenciamos  e construimos  muros ao redor, é onde podemos encontrar a nossa força, nossa fé, nossa coragem e nossa compaixão, permitindo que a nossa maior inteligência emocional guie nossas vidas.

Devemos agora mudar as engrenagens para fora do estado baseado no medo mental que temos sido ensinados a acreditar, e nos movermos para viver centrados no coração. Para que esta transformação ocorra, é preciso aprender a meditar, “entrar em seu coração” e acessar a sabedoria interior do Universo. É a única maneira, é O Caminho. A medida que cada um de nós começa esta revolução tranquila de viver do Coração, vamos começar a ver os reflexos em nossas vidas e em nosso mundo. Esta é a forma como cada um de nós vai criar uma mudança no mundo, criar paz, criar harmonia e equilíbrio, e desta forma, vamos todos criar o Paradigma do Novo Mundo do Céu na Terra.

Rebecca Cherry

"SUS a solução que a sociedade brasileira construiu”

Pais gays podem ser melhores pais por que escolhem ter filhos, afirma estudo


Crianças criadas por pais gays se dão tão bem na vida como filhos criados por casais heterossexuais - e eles podem ser favorecidos na educação quando se trata de tolerância e sensibilidade à discriminação.

Na primeira semana de janeiro, o republicano Rick Santorum disse a uma plateia de New Hampshire que as crianças estão melhores com os pais na prisão do que com pais gays. E na segunda semana do mês, o Papa Bento XVI declamou considerar o casamento gay uma ameaça "para o futuro da humanidade", citando a necessidade que as crianças tenham lares heterossexuais.

No entanto, investigações sobre famílias chefiadas por gays e lésbicas não faz jus às afirmações.  Pais gays "tendem a ser mais motivados, mais comprometidos do que os pais heterossexuais, em média, porque eles escolheram para serem pais", afirmou Abbie Goldberg, psicólogo na Universidade de Clark em Massachusetts, que pesquisa parentalidade de gays e lésbicas. Gays e lésbicas raramente se tornam pais por acidente, em comparação com uma taxa de quase 50% de gravidez acidental entre heterossexuais, Goldberg disse. "Isso se traduz em um maior compromisso em média e um maior envolvimento”.

E enquanto a pesquisa indica que as crianças de pais gays mostram algumas diferenças no desempenho, saúde mental, funcionamento social e outras medidas, essas crianças podem ter a vantagem de modelos abertos de espírito de tolerância, e do papel das relações equitativas, de acordo com algumas pesquisas. “Obviamente que isso não quer dizer que pais heterossexuais não podem trazer estas mesmas qualidades para a mesa dos pais” lembra Goldberg.

Adotando os mais necessitados

A adoção gay recentemente causou polêmica em Illinois, onde uma instituição Católica de adoção decidiu cessar a oferta de serviços, porque o Estado se recusou a financiamentos para grupos que concordassem em não discriminar gays e lésbicas. Em vez de acatar, Catholic Charities, fechou a instituição.

Oposição católica à parte, a pesquisa sugere que os pais gays e lésbicas são na verdade um poderoso recurso para as crianças que precisam de adoção. De acordo com um relatório de 2007 pelo Instituto Williams e do Instituto Urban, 65 mil crianças viviam com os pais adotivos gays entre 2000 e 2002 e outros 14 mil em lares adotivos dirigidos por gays e lésbicas. 

Um relatório de outubro 2011 por Evan B. Donaldson, do Instituto de Adoção, constatou que, de adoções de gays e lésbicas em mais de 300 agências, 10% das crianças foram adotadas com mais de seis anos - normalmente uma idade muito difícil de adotar. Aproximadamente 25% tinham mais de três anos, 60% dos casais de gays e lésbicas adotaram crianças de todas as etnias e mais da metade das crianças adotadas por gays e lésbicas tinham necessidades especiais.

O relatório não compara as preferências de adoção de casais gays diretamente com as de casais heterossexuais, afirma David Brodzinsky, diretor de pesquisas do Instituto e coeditor da "Adoção por Lésbicas e Gays: A Nova Dimensão da Diversidade Família" (Oxford University Press, 2011). Mas a pesquisa sugere que gays e lésbicas são mais propensas a adotar mais velhos, crianças com necessidades especiais e minorias. 

Além disso, Brodzinsky disse: “Não há evidências que sugerem que gays e lésbicas não aceitam doações abertas, situação em que a criança mantém contato com seus pais biológicos. E as estatísticas confirmam que os pais biológicos, muitas vezes, não têm problema com seus filhos sendo criados por casais do mesmo sexo”, acrescentou.

Bons pais

A pesquisa mostrou que crianças criadas por casais do mesmo sexo - ambos os filhos, adotados e biológicos – não apresentam problemas sobre a saúde mental, funcionamento social, rendimento escolar e uma variedade de outras medidas de sucesso de vida do que filhos criados por casais heterossexuais.

Segundo a socióloga Judith Stacey da New York University e o sociólogo Tim Biblarz da University of Southern California não há nenhuma dúvida, a partir da pesquisa, que as crianças de pais homossexuais estão crescendo para ser tão bem ajustados e bem sucedidos.

Stacey comente que a questão é que as pessoas afirmam que as crianças precisam de um pai e de uma mãe e estão deturpando a pesquisa, a maioria dos quais compara crianças de famílias monoparentais com filhos de casais homossexuais. “Dois bons pais são melhores do que um bom pai”, declarou Stacey, mas um bom pai é melhor do que dois pais ruins. E o gênero parece não fazer diferença. 

A tolerância

Na verdade, encontrar diferenças entre como as crianças criadas por pais gays e por pais heterossexuais acabam em questões de tolerância e de abertura de espírito, de acordo com Goldberg. 

Um homem de 33 anos de idade, com uma mãe lésbica disse a Goldberg: "Eu me sinto mais aberto, uma pessoa mais tolerante por ter sido criada em uma família não tradicional, e acho que aqueles que me conhecem concordariam. Minha mãe propôs um impacto positivo sobre as diferenças entre as pessoas”.

Filhos de pais gays também relataram sentir menos frustrado por estereótipos de gênero do que teria sido se criados em lares heterossexuais. “Isso é provavelmente porque gays e lésbicas tendem a ter relações mais igualitárias do que casais heterossexuais”, afirma Goldberg. Eles também são menos apegados a rígidos estereótipos de gênero si. "Homens e mulheres se sentiram como se estivessem livres para buscar uma ampla gama de interesses", disse Goldberg. "Ninguém estava lhes dizendo: 'Oh, você não pode fazer isso, isso é coisa de menino ou isso é coisa de menina”.

Se o casamento homossexual trás desvantagens, de qualquer forma, não tem nada a ver com o gênero dos pais, mas sim a reação da sociedade para com as famílias, disse o sociólogo da Universidade de Indiana, Brian Powell, o autor de "Relações homossexuais e os americanos" e "Definições de Família“ (Russell Sage Foundation, 2010).

"Imagine uma criança que vive com dois pais em que, legalmente, apenas um dos pais é permitido para ser seu pai," Powell lembra. "Nessa situação, a família não é vista como autêntica ou verdadeira por outros. Essa seria a desvantagem”.

Em um estudo publicado neste mês, no Journal of Marriage and Family, Goldberg entrevistou um grupo de 49 adolescentes e de jovens adultos com pais homossexuais e descobriu que nenhum deles rejeitou o direito de gays e de lésbicas de casar.

Foto: Reprodução/Chris Harvey / Shutterstock.com


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mudaram as estações!


Existem muitos programas em canais de TV a cabo sobre moda e aparência. Alguns deles também abordam em seus diálogos os aspectos psicológicos envolvidos na forma de alguém se vestir, como a auto-estima e a “necessidade” ou o medo de se mostrar. 

Você pode observar comentários tendenciosos dirigidos aos sorteados(as) para participar desses programas e que, inevitavelmente, transmitem determinadas idéias aos telespectadores. 

Já escutei de alguns que é possível manter a própria personalidade e expressá-la através das roupas, mas de uma forma melhorada e mais adequada socialmente, fazendo algumas mudanças. Já em outro programa a apresentadora comentou: “com essas novas roupas a sua personalidade esquisita será eliminada por completo!”. 

Será que ela queria eliminar a sua personalidade? Sendo o “esquisita” atribuído a ela pelos outros, talvez a mesma utilizasse outro termo para adjetivar o seu estilo, como “original”, por exemplo. A despreocupação em se vestir de acordo com as regras ditadas majoritariamente é uma forma de demonstrar uma preocupação diferente, a defesa de outros valores. Onde fica então a liberdade de expressão “assegurada por lei”, se manifestações pessoais como essas são rechaçadas de várias formas? 

Essa tentativa de padronização das pessoas é causadora de muito sofrimento, estimulando na sociedade atitudes de discriminação, de bullying, de intolerância com as diferenças. Sofrimentos esses que poderiam não existir, simplesmente colocando-se em prática um princípio fundamental da boa convivência: o respeito mútuo, que é acompanhado da aceitação das peculiaridades de cada um - independente de apreciá-las ou não.

No trecho de um programa assisti uma modelo conversar com uma atriz. Esta última dizia para a primeira que “roupa é descartável”; justificando que é porque a moda muda muito, e afirmando ser “desapegada”. 

Essa mentalidade, sim, pode ser descartada. Tal idéia de desapego se mostra completamente equivocada, já que, se você está sempre querendo (e comprando) novas roupas, sem real necessidade, na verdade você está extremamente apegada! O desapego, de fato, se dá a partir da compreensão de que você não precisa de muitas coisas para viver e ser feliz; por isso, você não faz questão de acumular e nem mesmo de comprar mais coisas. E vive isso tranquilamente...

Descartável é aquilo que se usa uma vez e se joga fora, como papel higiênico. Uma roupa, como muitas outras coisas, pode durar anos e anos e continuar servindo para a finalidade para o qual foi comprada. Imagine a quantidade de recursos naturais utilizados para produzir todas as suas roupas... E imagine o tempo que leva para esses recursos se renovarem na natureza... Aposto que as estações não gostam muito das modas “das estações”... 

Camila Sousa de Almeida

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Visão



Quando fazemos alguma coisa com freqüência deixamos de estar atentos a certos detalhes; acostumamo-nos a nos acostumar... Uma criança facilmente se encanta, se espanta e (se) questiona sobre um tanto de coisas que deixamos passar despercebido. Podemos muito bem aprender isso com elas.

Assistir televisão se tornou um hábito comum para muita gente ao longo das últimas décadas, desde a criação do aparelho no início do século passado; e a partir desse, muitos outros hábitos foram sendo inseridos e normalizados através do conteúdo de suas programações. 

Não é à toa que a palavra empregada é “programação”, já que a mesma pode ser considerada um meio capaz de programar as pessoas para o que quer que se deseje, ou seja, planejar o que elas vão querer; e o que vão fazer para conseguir isso. 

Se na televisão se vê predominantemente pessoas de boa aparência (porque usam maquiagem, compram roupas da moda, fazem cirurgias, mantêm o corpo à base de comprimidos, etc) as pessoas vão querer consumir todos os produtos e serviços que se mostram necessários para também serem consideradas aparentemente boas, afinal todo ser humano tem o desejo de ser apreciado. No fundo, todos precisam AMAR e SER amados, e não simplesmente SENTIR-SE assim. E conhecendo esse aspecto da natureza humana, aqueles que têm o domínio de tais meios o usam a favor da manutenção de seus interesses: poder e dinheiro. 

E para estimular a busca desse apreço, é preciso que as pessoas acreditem que só o terão se tiverem as coisas que passam na televisão... E que a vida está difícil; a competitividade é grande; não há suficiente para todos; os “noticiários” mostram isso todos os dias! Para que você se esforce para se destacar e “ser alguém na vida”, o que para eles significa ter dinheiro para poder comprar cada vez mais...  

Tudo que passa na televisão passa antes por uma peneira: vai ao ar aquilo que serve aos interesses daqueles que mandam. Por isso é imprescindível que VOCÊ filtre o que está vendo... 

Observe que os valores que alimentam o capitalismo são fomentados de todas as formas possíveis, afinal um sistema é um conjunto de partes dependentes umas das outras; portanto, a continuidade deste “sistema econômico” depende do incentivo do que ele precisa para sobreviver: que seus produtos e serviços continuem sendo consumidos. Quanto mais consumo, mais produção; quanto mais é produzido, mais será consumido. Um círculo, sem fim...

Tanto a produção quanto o consumo aumentam o poder e o dinheiro dos que já os têm; enquanto aqueles que produzem e consomem massivamente ficam prisioneiros desse círculo vicioso... Os elementos que dão base a essa manutenção são os valores transmitidos em todas as áreas, abrangendo muito além da economia: educação, saúde, trabalho, relacionamentos, religião, lazer, tudo!
 
Semana passada assisti um programa sobre pessoas que têm compulsão por compras. O repórter foi entrevistar uma vendedora de uma loja considerada chique e perguntou se ela tinha alguma cliente que demonstrasse ter este transtorno. A vendedora afirmou ter algumas, então foi questionada se, quando percebia tal fraqueza, não se aproveitava e incentivava que a cliente comprasse mais. Percebi a hesitação em afirmar que sim, mas, diante do comentário efusivo do entrevistador – “ah, se fosse eu me aproveitava!” – a mesma confirmou que fazia isso; afinal entendeu que tal admissão seria aceitável(????) diante dos telespectadores. 

Tirar vantagem da patologia ou fraqueza alheia, “ficar bem”, ou melhor, ganhar dinheiro prejudicando os outros, é apenas um exemplo dos valores que estão sendo normalizados para manter toda esta estrutura supracitada... Talvez, sem nem notar nada disso, você sorriria junto com o repórter dessa entrevista... Ou não?

Tudo isso é, de fato, um exemplo de hipnose para ser realmente temida. Já a hipnose terapêutica, leva você ao autoconhecimento que pode lhe libertar desses aprendizados que estão lhe prejudicando a qualidade de vida. Por isso é ainda mal interpretada, porque pode despertar sua mente para seu próprio potencial e poder, lhe descondicionando da submissão aos outros... 


P.S. 1: “Televisão” (do grego tele - distante e do latim visione – visão).
P.S. 2: Neste texto, por “televisão” entenda qualquer meio de comunicação de massa...

Camila Sousa de Almeida

sábado, 7 de janeiro de 2012

As Coisas

Dizem que "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa", mas também é verdade que uma coisa é outra coisa...

Camila Sousa de Almeida

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Duplo sentido à direita

MoviMente!



Dançar é um dos exercícios mais completos para o ser humano mais humano ser. É complexo; possibilitando sintonizar corpo e mente numa tal dimensão que, se feito profundamente, faz dançar a alma!

Abrange controle, foco, força, flexibilidade, enquanto vai alternando tensão, relaxamento, explosão e suave deslocamento energético. É dividir para integrar; faz a atenção se espalhar dos pés à cabeça, permitindo que vários gestos se tornem um só, e você se torne expressão de harmonia

É integrar-se consigo mesmo ao mesmo tempo em que se integra com a música e com o outro que possa estar a te acompanhar. E dançar em grupo te faz maior, aumenta a intensidade do ato e a habilidade do seu controle sobre si mesmo, ao estar sabendo respeitar os limites do outro, do ritmo que se faz além... 

Você se percebe base para movimentos alheios, se vê parte de um movimento conjunto e, diminuindo ou aumentando a velocidade de suas ações, você aprende a estar junto

Você, corpo-mente, é seu instrumento. Dance! Mexa-se com intenção

Camila Sousa de Almeida


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Com ciência


Na história da ciência podemos encontrar curiosos casos de pessoas que tiveram a mesma idéia ou desenvolveram semelhantes teorias, mesmo vivendo em diferentes partes do mundo, sem nenhuma comunicação entre si. 

Também é fato que, aquilo a que se reconhece como ciência hoje, ainda não consegue explicar todos os fenômenos que, indubitavelmente, acontecem. 

Felizmente, qualquer coisa pode acontecer mesmo sem ser compreendida. Como os nossos sonhos. Pois se é durante o sono que absorvemos e organizamos as informações recebidas durante a vigília, pode ser que durante esse período é que surjam certas respostas que antes não tínhamos condições de perceber. Assim, nossas questões inacabadas vão sendo trabalhadas inconscientemente através do simbolismo dos nossos sonhos.  

E nesse mundo simbólico podemos encontrar outras partes nossas, representadas nos outros com quem sonhamos. Porque mesmo envolto na própria mente, o ser humano sempre convive e insere o coletivo na sua imaginação/criação. 

Até porque todos nós que aqui vivemos estamos a compartilhar, independente de nosso desejo, a maioria das coisas que existem neste planeta: a terra e tudo que há nela; o ar que respiramos; o céu com o seu sol, lua e estrelas... 

Crescemos parte de uma mesma espécie que, mesmo na diversidade de suas culturas, tem muito mais em comum; as mesmas emoções, necessidades básicas e anseios profundos de amor e aceitação. 

E se compartilhamos mais semelhanças que diferenças, por que seria estranho fenômenos de “coincidências”? Um documentário chamado “Home” explica que as camadas de gelo na Groelândia estão derretendo por causa das indústrias instaladas em outras localidades do planeta. 

Essa conexão invisível também permite que pessoas de diferentes partes de um país, grande como o Brasil, possam escutar a mesma música, ao mesmo tempo, ao sintonizarem determinada rádio... Estranho isso?

Camila Sousa de Almeida

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