Uma vez uma colega recebeu um menino para fazer terapia. A mãe, angustiada, disse que a psicóloga do colégio dele afirmou que ele não tinha jeito. Ficou aliviada por ouvir de minha colega que ele tinha, sim. No fundo, era um menino carinhoso, que na realidade reagia inquieta e agressivamente às situações difíceis de sua vida e às besteiras que tanto ouvia em casa, na rua, na escola...
Diagnosticar não é um processo simples, muito menos inconseqüente. O que um profissional de saúde diz, principalmente por ignorância e incompetência, desencadeia uma série de efeitos na vida daquele que foi rotulado. Mesmo que se tenha plena certeza (o que na ciência, e no que diz respeito ao ser humano, é muito difícil) é preciso muita cautela no “como” abordar.
Se compreendemos que a crença que temos sobre algo pode ser o maior determinante do resultado que teremos, a exemplo dos placebos, sabemos que fazer alguém acreditar em algo é estar contribuindo para que aquilo seja verdadeiro.
Um deficiente físico que acredita que não pode fazer o que os outros fazem, não pode. Conheço histórias de surfista sem perna, piloto de avião sem braço, dançarino paraplégico. Que desastre seria se eles tivessem acreditado que não tinha jeito. Recentemente li uma notícia inusitada contando que numa menina que tinha problemas nos rins, nasceram dois novos rins saudáveis, naturalmente, enquanto os outros foram cirurgicamente retirados. Quantas doenças hoje tratáveis não foram um dia “incuráveis”?!
Crianças e adolescentes são sementes e plantas que crescem de acordo com a água que são regadas. Preservemos a água potável! Felizmente, tudo tem jeito, se a mudança acontece no tempo certo. Eu acredito que até você, "psicóloga da escola", pode ter jeito. Basta querer ter.
Camila Sousa de Almeida
Oie!!!
ResponderExcluirMuito Bommm!!!
Parabéns pelas belas palavras em cada postagem!
Bjos... Anne
Por isso os profissionais de saúde precisam de bastante cautela na hora de passar ao paciente o que eles têm.
ResponderExcluirEu sou absurdamente contra dizer que a pessoa não tem cura, já pensou uma mãe ouvir dizer do profissional "Seu filho é autista e não tem cura. Ele nunca vai aprender a falar, se comunicar ou interagir."
Um profissional desse tipo, sinceramente, deveria mudar de profissão.
Só não há cura para a morte. Por mais crônica ou persistente que uma doença seja, haverá sempre uma oportunidade de amenizá-la, de torná-la mais branda e menos presente.
Se não há uma cura propriamente dita, ao menos é possível amenizar o sofrimento do paciente. Isso sempre poderá ser feito.
Eu também acredito nisso. ;)
ResponderExcluirBem,
ResponderExcluirNão diria que a criança pode ser diagnosticada tão facilmente e seriamente a ponto de dizer que não tem cura. Milhões de coisas podem acontecem que não são previstas pela ciência e se fecharmos as portas para o que de inesperado e de potencial em cada criança estamos cerrando seu mundo e encarcerando sua subjetividade.
É como se podássemos uma arvore no inicio de seu caule. As crianças se encontram em fase de maturação orgânica e de desenvolvimento neuropsicomotor e rotula-la favorece um enquadramento rígido e um relacionamento com seus pais visando a doença e suas impossibilidades e sintomas ao invés de investir na potencialidade incalculável de uma criança.
Já atendi crianças e digo que é preciso estar disposto a sair do lugar de terapeuta sentado e comportado e se jogar nas brincadeiras, se pintar com as cores predominantes na sala, ser alvo de risos, enfim efetivamente entrar no mundo da criança, orientar e dialogar os pais e a escola, mas sobretudo abrir brechas para a potencialidade infantil e não suas impossibilidades ditadas por uma ciência política-sócio-histórica.
Eu acredito em milagres! E acreidtos que podemos ser seus autores! Tenho vários exemplos! Todos tem, imagino. basta que tenhamos olhos para ver!
ResponderExcluireu acredito que msm nao sendo psicologa posso comentar tb kkk
ResponderExcluirtexto que deve ser espalhado por aí até que a tal psicologa da escola tb leia...
parabens
Milagre é o nome dado para algo que muitos duvidam, mas alguém acreditou, e se concretizou... não acha, Marcelo?!
ResponderExcluirTodo mundo pode comentar, Kel! Todo mundo pode. :]
Acho sim, Camila. E mais do que isso: milagre, como eu sinto, é a realização de algo que necessitou de uma fé inabalável. Fé, como eu entendo, é mais do acreditar, é pensar e agir de modo a realizar aquilo que tem poucas chances de acontecer.
ResponderExcluirEu acredito que a "Psicoóloga da Escola" tem jeito sim!!! =D
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