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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Ando devagar porque já tive pressa





 

A paciência é a virtude que restabelece os ligamentos. É aquela que nos permite ter movimentos. Com paciência, a dor é menos. A gente encontra livros, recebe amigos, e lembra de beber água. Paciência tira belas fotos! De paisagens simples, cotidianas. Ela vai nos mostrando a natureza inserida na paisagem urbana. Paz, ciência, e tudo pode ir ficando melhor do que antes. Pacientemente, a gente faz ou deixa de fazer, ficando em paz na companhia só da gente.

Camila Sousa de Almeida



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Quem está rindo?



A criança aprende “as verdades” sobre o mundo e sobre si mesma com os exemplos vivos, vividos e presenciados. Um potencializador de aprendizados infantis é a brincadeira, que não é apenas coisa de criança, mas também de ex-crianças, que continuam crescendo... É na espontaneidade de uma piada que as crenças sobre o mundo são transmitidas e perpetuadas.

No trânsito, se alguém comete um ato considerado burro ou desajeitado, o pai faz o comentário “é mulher!”. E isso não acontece uma, nem duas, nem três vezes... Sobre homens isso nunca é dito. 

Se a empregada não acerta fazer direito a comida ou lavar a roupa adequadamente é motivo de chacota, pois “não se faz mais mulher como antigamente” ou senão “você não é mulher não?!”. 
 
Se os preços dos alimentos no supermercado aumentam constantemente e é necessário pagar mais pelo mesmo de sempre, isso não tem nada a ver com o sistema ou o governo, é porque “mulher gasta muito e adora pegar mais dinheiro”.

Claro, não se fala isso sério, apenas se leva com bom humor as diferenças culturais entre os gêneros. Não importa se alguém está se magoando ao ser constantemente depreciado, o que importa é não perder a piada! Que nem os meninos na escola que se divertem chamando os outros de “quatro-olhos” ou “rolha-de-poço”, não é?! Pois é, mulheres de todas as idades estão sofrendo todos os dias o que se chama de bullying. Porque, pra quem faz, não é violência. Só pra quem está fazendo mesmo...

Se pra você que está lendo serviu a carapuça, de que adianta pagar terapia para sua filha ou esposa, ou quem sabe ser o próprio terapeuta, querendo melhorar a baixa autoestima de suas clientes, se na rua e em casa você está brincando de depreciar as mulheres da sua vida?

Felizmente, mulheres crescem e podem deixar de acreditar em mentiras.

Camila Sousa de Almeida


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Esperando ter razão

Um garoto chega da escola temendo ter de encarar o dever de casa. E repete: "Meu dever de casa vai ser difícil. Não vou conseguir fazer."
A mãe pergunta: "Como você pode saber se ainda nem começou?"
O menino explica que quando a professora passou o dever, ela alertou a turma: "Não esperem para fazer o dever de casa no domingo. Façam no sábado. É uma tarefa difícil e a última turma não se saiu muito bem. Então se planejem para dedicar um bom tempo e trabalhar duro, pois será necessário."
A mãe do garoto imediatamente compreendeu que a professora havia influenciado seu filho de uma forma negativa, levando-o a esperar ter dificuldades para realizar o dever de casa.
Ela também compreendeu que provavelmente o dever não era tão difícil quanto o filho imaginava e que poderia facilmente influenciá-lo a mudar suas expectativas e torná-las mais positivas. Ela disse ao menino: "Para mim você vai resolver essa tarefa com muita facilidade. Você é bom em assimilar novas informações e em lembrar o que aprendeu. Meu palpite é que logo, logo você vai ter terminado o dever e vai aparecer aqui dizendo que foi facílimo."
É claro que o garoto abriu o maior sorriso e foi começar o dever de casa. Pouco tempo depois, voltou radiante. "Puxa", disse ele "você tinha razão, mãe. Da próxima vez que alguém tentar me convencer que não posso fazer algo, vou lembrar-me do que você disse sobre a minha capacidade de assimilar novas informações e vou dizer a mim mesmo que você tinha razão."

Autor desconhecido




quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Dai-me o teu amor, que já é meu



Era um encontro transcendental entres as partes que os levavam a eles mesmos. Haviam se fundido e se cindido logo que se deu a invenção de seus corpos, por isso os desencontros passaram a acontecer frequentemente, apesar de tão próximos.

Nada mais seria da mesma forma, intacto apenas o conteúdo. Riam juntos, choravam juntos, iam embora supostamente se separando mas, fatalmente unidos, sempre voltavam de onde tinham parado como se o tempo não tivesse existido. Explicação nenhuma isso requer. O fato é que era consenso o com-sentimento entre as partes. Mas era difícil porque juntava o não saber como fazer com o sem conseguir provar...

Nasceram, cresceram, encontraram outros, trocaram o carinho pelo carinho dos outros e depois trocaram e foram trocados por outros. Entre eles mesmos não trocaram beijos, não tocaram os corpos, mas o coração batia mais forte do que o mais forte que já havia batido... Um bater sem dor, mas que doía... Ardia, mesmo sem arder...

Ele até chegou a correr atrás, sem correr... Ela, sem saber, sabia... Tão estranho era aquela intimidade toda, que não se encontrava em nome algum. Só no dicionário celestial dos que verdadeiramente amam. Porque pra amar não precisa de contrato nem de falta de medo. Sendo assim, estavam livres. Para amarem-se e aceitarem-se na saúde e na doença; na riqueza e na pobreza; até que a morte os una completamente... Ou a vida não espere pela morte.


Camila Sousa de Almeida
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