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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

sábado, 28 de novembro de 2009

Qualquer ser humano pode mudar de vida, mudando de atitude. [William James]


As atitudes são compostas de cognições ou crenças, sentimentos (ligados a avaliações) e tendências a se portar de uma determinada maneira (Breckler, 1984) em relação a objetos, grupos, eventos e símbolos. Elas são aprendidas e permanecem conosco por longos períodos – até o momento em que resolvemos mudá-las. 


Quando a atitude considerada apóia-se em um componente do pensamento relativamente simples e rígido e diz respeito a pessoas ou grupos sociais, é chamada de estereótipo (Ashmore, 1981). Na vida diária, os seres humanos estão sempre generalizando, com base em suas experiências (McCauley, 1980). Os estereótipos organizam e condensam informações, de modo que possamos agir de maneira rápida, mas são destrutivos basicamente quando nos esquecemos de que se baseiam em pequenas amostras e com frequência são injustos, quando aplicados rotineiramente a todos os indivíduos de uma população. 


Os estereótipos tendem a se autoperpetuar, em parte, porque o comportamento da pessoa que está formando o estereótipo faz com que o alvo – ou seja, o outro – aja de maneira que o confirme. Existe uma expressão latina, quod erat demonstrandum, que significa “como se queria demonstrar" e é usada no final de demonstrações matemáticas quando se chega ao resultado pretendido. O termo em português “C.Q.D.” é utilizado também para se referir a este processo. Se tratamos uma pessoa que consideramos antipática com frieza, como ela provavelmente responderá? 


Os estereótipos podem ser considerados esquemas (redes de conhecimento); como tais, alteram percepções e memórias, com consequências que o perpetuam. Ou seja, tendemos a ver e lembrar do que se harmoniza com nossos estereótipos, outro mecanismo que os mantém intactos (Hamilton, 1985).
 



Décadas atrás, Gordon Allport e Leo Postman (1947), mostraram rapidamente esse desenho a pessoas brancas e fizeram perguntas para ver do que se lembravam. A maioria dos participantes da pesquisa lembravam-se da navalha na mão do homem negro (enquanto, na verdade, estava na mão do homem branco). Presumivelmente, usaram um esquema “negros são violentos” enquanto estavam codificando ou recuperando as informações. O estudo de Allport-Postman é um dos diversos que sugerem que os preconceitos são fortalecidos pelas formas tendenciosas pelas quais os seres humanos processam as informações. (Adaptada de The Psycology of Rumor por Gordon W. Allport & Leo Postman...)
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Sendo assim, relacionar-se com estereótipos, e não com pessoas, é uma forma eficiente de estar certo, como queria demonstrar... As atitudes que temos diante da vida e das pessoas é em grande parte determinante do que recebemos. Você quer o melhor? Então espere o melhor...! 
 

Camila Sousa de Almeida
Texto adaptado de DAVIDOFF, Linda. Introdução à Psicologia: 3ª edição. Cap. 15. (p. 645-650) São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2001.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Enxergando claramente


Nas páginas coloridas da internet e da vida podemos observar que, quanto mais diferente a cor da letra é da cor do fundo, mais a vemos. Sem esse contraste entre as cores não seria possível ler a mensagem que as letras passam; tudo seria uma só cor e não enxergaríamos nada além dela. Quanta coisa importante ficaria oculta, não é mesmo?!

E essas diferenças entre as cores se tornam mais interessantes ainda quando se lembra que todas elas são diferentes expressões de uma só cor: o branco – a clareza máxima. Esta é “a cor da luz”, a junção de todas as cores e ao mesmo tempo “a ausência de cor”, porque onde há união não há discriminação, já que nenhuma cor é melhor do que outra e todas são imprescindíveis ao todo. Tão variadas na natureza, as cores tornam nosso mundo mais bonito e nos dão a oportunidade de ver além do que os olhos vêem e enxergar a plenitude da pureza e da paz transcendente...


Camila Sousa de Almeida


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sintonizando...


Assim como um aparelho de rádio, vivemos rodeados de ondas eletromagnéticas transmitidas das mais diversas fontes. É através da sintonia que escolhemos o que queremos captar e esta informação é então amplificada dentro de nós e convertida em vibrações para o mundo... Experimente sintonizar agora nesta música, preste atenção na letra, e perceba o que acontece...




sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O mundo inteiro é uma metáfora...

Tudo é metáfora!

Giovana Camillo – PUCRS

Este texto tem por objetivo apresentar um apanhado superficial sobre o estudo da metáfora vista como um processo natural da linguagem humana em uso. Exemplifica casos os quais não nos damos conta que sejam metáforas, mesmo procedendo como tal, quando explicamos, conceituamos ou comparamos algo concreto ou abstrato de nosso cotidiano, e encerra mencionando o fato de que usamos da metáfora para poder expor um conceito ou explicação que não conseguiríamos através de palavras ou expressões literais, pois correria o risco de perder o significado daquilo que se quis dizer.

O estudo primário sobre Metáfora em nossa vida inicia na escola, quando a conceituam como uma alteração de significado baseada em traços de similaridade entre dois conceitos; uma palavra que designa uma coisa passa a designar outra, por haver entre elas traços de semelhança; é, pois, uma comparação implícita, isto é, sem conectivo comparativo1. Isso nos fica claro principalmente ao lermos textos poéticos, que são fontes de metáforas. Porém, este assunto vai mais além, perpassa nosso dia a dia sem nos darmos conta disso.

Segundo Lakoff e Johnson, a metáfora não é apenas uma questão de linguagem ou de palavra, ao contrário, os processos do pensamento humano é que são em grande parte metafóricos, ou seja, o sistema conceitual humano é estruturado e definido metaforicamente, possibilitando assim metáforas também na linguagem que utilizamos2.

No filme O Carteiro e o Poeta (1994), o personagem que representa o poeta Pablo Neruda dialoga com um carteiro, Mário Ruoppolo, durante diversas cenas do filme, sobre metáfora. O carteiro gostaria de aprender a “fazer” metáforas para conquistar as mulheres (depois somente à Beatrice) e pede ao mestre Neruda que o ajude. Este poeticamente lhe pede que observe a baía, o movimento do mar etc. E, em um dos diálogos, Mário Ruoppolo conclui: “Não sei se consigo explicar, mas... quer dizer que todas as coisas, o mar, o céu, as nuvens, etc., etc., o mundo inteiro é uma metáfora de alguma coisa?”.

De fato, tudo o que está em nossa volta serve-nos como metáfora para explicarmos sentimentos, ações, estados. Inclusive o campo da ciência, do qual se espera explicações literais, diretas, vê-se envolvido por diversas metáforas, tais como as “redes”, a placa “mãe”, na ciência da informática, as células “mãe”, “órfãs”, “tronco”, nas ciências biológicas, dentre outros exemplos que poderíamos citar.

Há autores que dividem a metáfora em Lingüística e Conceitual. A metáfora lingüística seria aquela que se materializa verbalmente pelo falante de uma língua e a metáfora conceitual a que se estrutura no pensamento humano. As metáforas lingüísticas podem ser classificadas como “mortas” e “vivas”. A metáfora morta é aquela que na verdade não é mais uma metáfora e sim uma simples expressão que não tem mais um uso metafórico 3. Os autores acima citados (Lakoff e Johnson) dão como exemplo às metáforas mortas a palavra “pedigree”, originária da língua francesa “ped-de-gris”: pata de uma ave que se assemelha a um diagrama de uma árvore genealógica, a qual entrou no léxico inglês para designar qualidades ancestrais dos indivíduos ou artefatos. Outro exemplo é a frase “Já perdi muito tempo na vida!”, na qual podemos desprender a metáfora “Tempo é Dinheiro”, dando ao Tempo, abstrato, valor equivalente ao dinheiro, concreto, o qual nos aborrece quando empregamos mal ou o perdemos.

Um exemplo de metáfora conceitual é a metáfora de canal (Reddy, 1979), explicada assim: as expressões lingüísticas (palavras, sentenças, parágrafos, livros, etc.) são comparadas a vasos ou canais nos quais pensamentos, idéias, sonhos são despejados e dos quais eles podem ser retirados exatamente como foram enviados, realizando uma transferência de posse (GREEN, 1989 in: PAIVA, 1998). Como exemplo: “Não consigo pôr minhas idéias em prática”; “Quem te deu essas idéias?”; Este livro não traz nada de interessante”4.

Para entendermos a metáfora, precisamos de um amplo conhecimento de mundo, pois são baseadas nas experiências física e cultural que temos, e de noções de espaço, relações do tipo para cima – para baixo, dentro – fora, frente – traz, central – periférico (Metáforas Orientacionais). Exemplo disso é quando dizemos “alto” astral, me sinto “abaixo” de todos, estou por “fora!”. Disso desprendemos que em cada cultura criam-se diferentes metáforas, pois são realidades, vivências distintas, e que, a partir da análise dessa realidade, dessas vivências, podemos compreender o modo de pensar e agir do homem. Como demonstram Lakoff e Johnson: “nenhuma metáfora pode ser compreendida ou até mesmo representada de forma adequada independentemente de sua base experiencial”5.

Segundo Davidson (1984):

          De fato, não há limite para aquilo a que uma metáfora chama à nossa atenção, e muito do que nos é feito perceber não é de caráter proposital. Quando tentamos dizer o que uma metáfora significa, logo percebemos que não há limite para o que queremos mencionar... Muitos de nós precisamos de ajuda para que cheguemos a ver o que o autor da metáfora queria que víssemos...6

Desta forma, podemos analisar também as metáforas que não percebemos fazer parte de nossos pensamentos, de nossas atitudes e anseios, como a Metáfora da Felicidade! Todos nós queremos ser felizes, porém, não sabemos ao certo o que é a sonhada Felicidade. Cria-se um conceito de Felicidade diferente do estado de felicidade, de se estar ou ser feliz. Almejamos a Felicidade, vivemos em busca dela, porém, ninguém consegue explicar o que realmente se quer, o que realmente se deseja e quando a alcançaremos. Esta, como outras metáforas cotidianas, como a metáfora do futuro, tendem a ser explicadas por meio de parábolas, por vezes confundido o conceito desta com o da metáfora, pois ambas explicam o significado de algo de forma figurativa.

E quando tentamos obter paráfrases literais a partir de proferimentos metafóricos para não se utilizar de metáforas quase sempre não conseguimos achar a palavra que explique o que queríamos dizer, ou expressar, por falta de uma que complete o sentido que a metáfora carrega. Como afirma Bergmann (1991):

          Existe uma lacuna em nosso vocabulário: existem coisas que podem ser ditas por metáforas para as quais não temos palavras literais”7.

Quando nos referimos a alguém como um Quintana, que pode ser interpretado metaforicamente como alguém que se refere à vida e às coisas de forma simples, trivial, que se apaixona por fatos comuns do cotidiano e lamenta os lugares por onde não tenha passado, não podemos traduzir literalmente esta proposição por uma palavra ou expressão sem que haja perda do sentido.

Com base na explanação acima, voltamos ao fato de que a metáfora não pode ser compreendida somente como uma figura de linguagem, mas sim de pensamento e de ação. Que está latente em nosso cotidiano e que muitas vezes a utilizamos, sem ao menos termos ciência de que a expressão ou palavra originou-se de uma metáfora; e, por falta de um léxico que a substitua sem que ocorra perda do significado em questão, fazemos uso deste canal tão rico.

Referências

1. Terra, Ernani. Curso Prático de Gramática. São Paulo: Scipione, 2002.

2. UFRJ. George Lakoff – Sistema Conceitual e Metáfora. http://www.igeo.ufrj.br/gruporetis/sig/tiki-index.php?page=GeorgeLakoff

3. Carvalho, Sérgio N. de. A metáfora conceitual: uma questão cognitivista. UERJ/EN/UNESA. http://www.filologia.org.br/viicnlf/anais/caderno12-04.html

4. Spanghero, Maíra. A mi me encantam las metáforas. http://revcom.portcom.intercom.org.br/index.php/galaxia/article/viewFile/1347/1120

5. Finger, Ingrid. Metáfora e significação. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996.

sábado, 14 de novembro de 2009

O último conselho de um sábio

O discípulo de um filósofo foi procurar seu mestre que estava para morrer e perguntou-lhe: mestre, não terias mais alguma coisa a dizer a teu discípulo?

O sábio, então, abriu a boca e ordenou ao jovem que olhasse lá dentro. Vês minha língua? - perguntou.

Claro - respondeu o discípulo.


E os meus dentes, ainda existem perfeitos?

O discípulo replicou: não.

E sabes por que a língua sobrevive aos dentes? A língua é feita de carne e músculos, aliás músculos muito frágeis. Os dentes são estruturas mineralizadas, muito fortes, mas se acabam e caem primeiro, porque são duros. A língua é mole e flexível. Apesar de ser firme naquilo de que necessita, ela aprende a se adaptar... Assim aprendeste tudo o que vale a pena aprender. Nada mais tenho a ensinar-te.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O besouro é um inseto que, por suas características, não deveria voar, mas voa.

"Besouro" é um filme nacional que conta a história de Manuel Henrique Pereira (1895-1924), um capoeirista que se tornou um mito e um símbolo da luta pelo reconhecimento da cultura negra no Brasil. (www.besouroofilme.com.br)

Logo no início do filme, seu mestre fala sobre o besouro, que apesar de pesado e com asas finas, voa. E nem a ciência dá conta de como ele faz isso... Achei interessante esta observação e, pesquisando sobre isso, encontrei este texto:

Como os besouros conseguem voar sendo tão pesados e tendo asas tão finas?

O mecanismo que permite o voo dos besouros é o conjunto dos dois pares de asas que eles têm e a musculatura vigorosa. O primeiro par de asas (os élitros) desses insetos da ordem Coleoptera fica em posição superior e é bastante endurecido.

Quando o besouro está em repouso, funciona como um estojo que protege o segundo par. Este fica no interior, é membranoso, tem a consistência do couro e é sustentado por número variável de nervuras. Durante o voo, os élitros têm papel secundário, funcionando como um paraquedas.

O nome Coleoptera vem do grego e significa koleos = estojo e pteron = asa. Porque os besouros têm, em geral, corpo volumoso e pesado, seu voo, comparado ao de outros insetos, é de velocidade baixa: nos casos conhecidos, pode variar de 0,8 m/s a 3 m/s.

A musculatura responsável por fazê-los subir é bastante desenvolvida, sendo que alguns dos músculos que movem as asas se originam na coxa do inseto. O mecanismo básico é o seguinte: os besouros abrem os élitros que ficam imóveis, formando um ângulo com o corpo, estendem as asas membranosas até ficarem planas e dão um impulso com as pernas.

Assim, começam um voo planado e apenas em seguida dão início ao batimento vertical das asas membranosas, que possibilita seu deslocamento no ar. Muitas vezes, durante o voo planado, podem aproveitar as correntes aéreas para voarem mais alto.

Cleide Costa
Laboratório de Sistemática, Evolução e Bionomia de Coleóptera,
Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo

http://cienciahoje.uol.com.br/151020

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Hipnose: a pá que cava tesouros escondidos

A maioria das pessoas já ouviu falar de hipnose, mas poucas sabem realmente do que se trata. Você pode já ter assistido a um programa de televisão em que alguém era hipnotizado e comia uma cebola sentindo o sabor de uma maçã, ou alguma outra demonstração similar. Tais indivíduos podem até dominar determinadas técnicas, mas carecem de senso ético. A hipnose é um fenômeno que demonstra que nossas capacidades vão muito além do que estamos acostumados a experimentar no cotidiano; através dela podemos trazer à tona recursos internos que não acessamos normalmente. Utilizá-la em demonstrações fúteis, sensacionalistas, sem um fim relevante, é utilizá-la de forma leviana.

Para nós, psicólogos, o uso da hipnose é aprovado e regulamentado pela Resolução CFP Nº 013/00 de 20 de Dezembro de 2000, como um recurso terapêutico auxiliar. É importante para as pessoas que buscam ajuda profissional assegurar-se de que o escolhido é habilitado, informar-se e, se necessário, denunciar aos órgãos responsáveis. Mas o que é, afinal, a hipnose?

Podemos conceituá-la como um estado alternativo de consciência, atenção e percepção, “no qual as limitações que uma pessoa tem, no que diz respeito à sua estrutura comum de referências e crenças, ficam temporariamente alteradas, de modo que a pessoa se torna receptiva aos padrões, às associações e aos moldes de funcionamento que conduzem à solução de problemas”, de acordo com Milton Erickson, o criador da hipnose moderna. Hipnose moderna? E como é isso?

A forma mais conhecida de hipnose, inclusive devido aos programas de televisão anteriormente citados, é aquela a qual chamamos de clássica: o sujeito permanece numa posição passiva, na qual é submetido diretamente às sugestões do hipnotizador, que determina “como”, “quando” e “o quê” ele experimenta. O mesmo padrão de tratamento, com as mesmas sugestões é aplicado a todos os indivíduos com aquele diagnóstico de “depressão”, “fobia”, “tabagismo”, etc.

Milton Erickson (1901 – 1980) criou novas formas de utilizar a hipnose, proporcionando um transe natural no qual o foco de atenção é interior. A hipnoterapia ericksoniana é um procedimento individualizado, ou seja, feito sob medida para aquela pessoa, naquele momento. Não tratamos “a depressão” mas sim aquele indivíduo, que vivencia aquelas dificuldades, do seu jeito particular e vai participando ativamente do processo, que não é determinado pelo terapeuta, mas orientado no sentido de facilitar que o mesmo entre em contato com seus recursos inconscientes que podem levá-lo à solução de suas dificuldades.

O uso do termo “terapeuta” no lugar de “hipnotizador” atenta para o fato de que somos profissionais de saúde, portanto, nosso objetivo é sempre proporcionar bem-estar e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A hipnose é ainda temida por muitos devido a idéias equivocadas tais como “a pessoa fica inconsciente e é controlada”; “a pessoa conta todos os seus segredos”; “a pessoa pode não voltar mais”. Na verdade, no estado de transe hipnótico não perdemos a consciência e não fazemos nada que não queiramos fazer; as sugestões podem ser aceitas ou não. E é impossível não voltar do transe; no máximo, podemos dormir e depois acordar normalmente. Além desses, há muitos outros mitos que podemos ir esclarecendo aos poucos.

Por ora, apresentamos a hipnose como um recurso facilitador, que acelera o processo terapêutico e pode trazer resultados fantásticos se bem utilizada. Amplas são as suas possibilidades de aplicação, abrangendo os mais diversos problemas de saúde e situações de vida, tais como estresse, transtornos alimentares, ansiedade, depressão, fobias, pânico, problemas de pele, disfunções sexuais, distúrbios do sono, dor, luto, baixa autoestima, timidez, entre tantos outros. O tesouro guardado todos nós temos. Mas para encontrá-lo é preciso pegar uma pá e cavar.

Camila Sousa de Almeida

Publicado no Portal Sergipe Saúde:

http://www.sergipesaude.com.br/artigo.php?op=36

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A linguagem do inconsciente


Ah, tudo é símbolo e analogia!
O vento que passa, a noite que esfria,
São outra coisa que a noite e o vento —
Sombras de vida e de pensamento.
Tudo o que vemos é outra coisa.
A maré vasta, a maré ansiosa,
É o eco de outra maré que está
Onde é real o mundo que há.

Tudo o que temos é esquecimento.
A noite fria, o passar do vento,
São sombras de mãos, cujos gestos são
A ilusão madre desta ilusão.
Fernando Pessoa

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.

Albert Einstein


domingo, 1 de novembro de 2009

Lembranças


Um velho sábio chinês estava caminhando por um campo de neve, quando viu uma mulher chorando.
Dirigiu-se a ela e perguntou:
- Porque choras?
- Porque me lembro do passado, da minha juventude, da beleza que via no espelho... Deus foi cruel comigo por me fazer lembrar. Ele sabia que, ao recordar a primavera da minha vida, eu sofreria e acabaria chorando.
O sábio, então, em silêncio ficou contemplando o campo de neve, com o olhar fixo em determinado ponto...
A mulher, intrigada com aquela atitude, parou de chorar e perguntou:
- O que estás vendo aí?
- Eu vejo um campo florido, disse o sábio.
Deus foi generoso comigo por me fazer lembrar.
Ele sabia que, no inverno, eu poderia sempre recordar a primavera e sorrir.
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