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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Em ritmo de galope


Em seu livro Imagery in healing, Jeanne Achterberg (1985) oferece ótimos exemplos das maneiras nas quais as expectativas influenciam o resultado no campo médico/físico (quem dirá no médico/psicológico). Ela relata uma história do livro de Norman Cousins, The healing heart, sobre um paciente criticamente doente, cujo músculo cardíaco estava irreparavelmente comprometido e com quem já haviam se esgotado todos os recursos terapêuticos. Durante as visitas seu médico mencionou à equipe que o paciente tinha um batimento cardíaco em ritmo de galope, na verdade um sinal de patologia importante. Vários meses mais tarde, o paciente foi fazer o check-up e sua recuperação havia sido fantástica. Ele contou ao seu médico que sabia o que havia feito com que ele melhorasse e exatamente quando isso ocorreu:

"Na quinta-feira, pela manhã, quando você entrou com sua equipe, aconteceu algo que mudou tudo. Você escutou meu coração; parecia satisfeito com o que ouviu e disse a todos que estavam em volta do meu leito que eu tinha um batimento cardíaco em ritmo de galope, logo supus que eu deveria ter um coração muito forte e, portanto, não poderia estar morrendo. Soube naquele instante que iria me recuperar."

Texto extraído de "Hipnose e Psicoterapia Breve - Módulo Básico - Instituto Erickson de Maceió"

Fonte: http://sanidadeinsana.blogspot.com/2010/08/em-ritmo-de-galope.html

Criança vê, criança faz

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dizem que...


Psicólogo não fala, verbaliza;
Psicólogo não adoece, somatiza;
Psicólogo não elogia, reforça;

Psicólogo não dá vexame, surta;
Psicólogo não esquece, abstrai;
Psicólogo não conversa, pontua;

Psicólogo não transa, libera libido;
Psicólogo não estuda, sublima;
Psicólogo não tem idéia, tem insight;
Psicólogo não resolve problemas, fecha gestalt;
Psicólogo não muda de interesse, altera figura-fundo;
Psicólogo não se engana, tem ato falho;
Psicólogo não responde, devolve a pergunta;
Psicólogo não desabafa, tem catarse;
Psicólogo não é indiscreto, é espontâneo;
Psicólogo não dá palpite, oferece alternativa;
Psicólogo não fica triste, sofre angústia;
Psicólogo não acha, intui;
Psicólogo não seduz, faz aproximações sucessivas;
Psicólogo não perde o medo, dessensibiliza;
Psicólogo não fica a perigo, sofre privação;
Psicólogo não faz frescura, regride;
Psicólogo não paquera, estabelece vínculo;
Psicólogo não pensa nisso, respira nisso;

Psicólogo não impressiona, hipnotiza!

Eu acredito

 
Uma vez uma colega recebeu um menino para fazer terapia. A mãe, angustiada, disse que a psicóloga do colégio dele afirmou que ele não tinha jeito. Ficou aliviada por ouvir de minha colega que ele tinha, sim. No fundo, era um menino carinhoso, que na realidade reagia inquieta e agressivamente às situações difíceis de sua vida e às besteiras que tanto ouvia em casa, na rua, na escola...
Diagnosticar não é um processo simples, muito menos inconseqüente. O que um profissional de saúde diz, principalmente por ignorância e incompetência, desencadeia uma série de efeitos na vida daquele que foi rotulado. Mesmo que se tenha plena certeza (o que na ciência, e no que diz respeito ao ser humano, é muito difícil) é preciso muita cautela no “como” abordar.
Se compreendemos que a crença que temos sobre algo pode ser o maior determinante do resultado que teremos, a exemplo dos placebos, sabemos que fazer alguém acreditar em algo é estar contribuindo para que aquilo seja verdadeiro.
Um deficiente físico que acredita que não pode fazer o que os outros fazem, não pode. Conheço histórias de surfista sem perna, piloto de avião sem braço, dançarino paraplégico. Que desastre seria se eles tivessem acreditado que não tinha jeito. Recentemente li uma notícia inusitada contando que numa menina que tinha problemas nos rins, nasceram dois novos rins saudáveis, naturalmente, enquanto os outros foram cirurgicamente retirados. Quantas doenças hoje tratáveis não foram um dia “incuráveis”?!
Crianças e adolescentes são sementes e plantas que crescem de acordo com a água que são regadas. Preservemos a água potável! Felizmente, tudo tem jeito, se a mudança acontece no tempo certo. Eu acredito que até você, "psicóloga da escola", pode ter jeito. Basta querer ter.  


Camila Sousa de Almeida


Comemorando

No dia 27 de agosto é comemorado no Brasil o Dia do Psicólogo. Foi nesta data, do ano de 1964, que nossa profissão foi regulamentada através da Lei 4.119/64.

Parabéns a todos que compartilham comigo essa paixão. ^^

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