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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Mentira Descoberta


O Dr. Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi e fundador do Instituto M. K.Gandhi para a "Vida sem violência", em sua palestra de 9 de junho, na Universidade de Porto Rico, compartilhou a seguinte história como exemplo da vida sem violência exemplificada por seus pais:

"Eu tinha 16 anos e estava vivendo com meus pais no Instituto que meu avô havia fundado, a 18 milhas da cidade de Durban, na África do Sul, em meio a plantações de cana-de-açúcar. Estávamos bem no interior do país e não tínhamos vizinhos. Assim, sempre nos entusiasmava, às duas irmãs e a mim, poder ir à cidade visitar amigos ou ir ao cinema. Certo dia, meu pai me pediu que o levasse à cidade para assistir a uma conferência que duraria o dia inteiro, e eu me apressei, de imediato, diante da oportunidade. Como iria à cidade, minha mãe deu-me uma lista de coisas do supermercado, as quais necessitava, e como iria passar todo o dia na cidade, meu pai me pediu que me encarregasse de algumas tarefas pendentes, como levar o carro à oficina. Quando me despedi de meu pai, ele me disse:
Nós nos veremos neste local às 5 horas da tarde e retornaremos à casa juntos.
Após, muito rapidamente completar todas as tarefas, fui ao cinema mais próximo. Estava tão concentrado no filme, um filme duplo de John Wayne, que me esqueci do tempo. Eram 5:30 horas da tarde, quando me lembrei. Corri à oficina, peguei o carro e corri até onde meu pai estava me esperando. Já eram quase 6 horas da tarde. Ele me perguntou com ansiedade:
- Por que chegaste tarde?
Eu me sentia mal com o fato e não lhe podia dizer que estava assistindo um filme de John Wayne. Então, eu lhe disse que o carro não estava pronto e que tive que esperar... Isto eu disse sem saber que meu pai já havia ligado para a oficina. Quando ele se deu conta de que eu havia mentido, disse-me:
- Algo não anda bem, na maneira pela qual te tenho educado, que não te tem proporcionado confiança em dizer-me a verdade. Vou refletir sobre o que fiz de errado contigo. Vou caminhar as 18 milhas à casa e pensar sobre isto.
Assim, vestido com seu traje e seus sapatos elegantes, começou a caminhar até a casa, por caminhos que nem estavam asfaltados nem iluminados. Não podia deixá-lo só. Assim, dirigi por 5 horas e meia atrás dele... Vendo meu pai sofrer a agonia de uma mentira estúpida que eu havia dito. Decidi, desde aquele momento, que nunca mais iria mentir. Muitas vezes me recordo desse episódio e penso... Se ele me tivesse castigado do modo que castigamos nossos filhos... teria eu aprendido a lição? Não acredito... Se tivesse sofrido o castigo, continuaria fazendo o mesmo... Mas, tal ação de não-violência foi tão forte que a tenho impressa na memória como se fosse ontem...”

Autor Desconhecido

terça-feira, 25 de maio de 2010

Hipnose: profundamente eficaz


Algumas pessoas chegam no consultório e, quando ouvem a explicação sobre como é a hipnose (ou quando são conduzidas pela primeira vez), dizem que gostariam de algo mais profundo. Primeiro porque não encontram aquela experiência misteriosa ou sobrenatural que se espera, da imagem difundida por aí. Segundo porque a simplicidade do processo é tanta que aparenta ser superficial. A hipnose é simples, sim. Para quem é conduzido; não para quem conduz. Saber o que fazer durante o transe é uma arte e uma responsabilidade, uma habilidade que desenvolvemos com estudo e dedicação.

A profundidade do trabalho realizado durante a hipnose é tanta que o corpo reage inclusive em funções automáticas: a respiração muda, assim como o ritmo dos batimentos cardíacos, da pressão sanguínea, e um tanto de outras reações corporais e psicológicas. Vale ressaltar que, quanto mais vezes se entra em transe, mais fácil fica aprofundar e diversificar a experiência...

Os resultados observados após o(s) transe(s) também sinalizam essa profundidade. As pessoas podem melhorar – no que quer que seja o objetivo – de forma mais rápida e às vezes surpreendente para ela mesma. Isso porque, o que não conseguimos resolver de forma consciente, racional e intencionalmente, tem raiz no inconsciente. E se é lá que está o problema, lá também está a solução. Não podemos consertar um vazamento do primeiro andar mexendo no segundo; é preciso descer ao primeiro e lá fazer o que é preciso ser feito. E hipnose é abrir as portas do inconsciente, para poder conversar diretamente com ele; por isso, funciona profundamente, trazendo resultados eficazes para problemas com raízes profundas.

Camila Sousa de Almeida

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A primeira impressão não precisa ficar

Quando tinha oito anos de idade, fui levado, por engano, para assistir a um filme de terror, The Mummy's Ghost, (o que em português seria “O fantasma da múmia”) estrelado por Lon Chaney. Depois disso, tive pesadelos e medo do escuro durante os 25 anos seguintes. Imaginem um homem de 33 anos com medo do escuro!

Quando assisti ao filme pela segunda vez, aos 34 anos de idade, o vi de maneira muito diferente e pude reconhecer que o horroroso monstro era na verdade Lon Chaney envolto em bandagens. Essa segunda visão mudou realmente a estrutura de meu corpo, para que eu não viesse a reagir da maneira que o fazia anteriormente. A mudança na estrutura transformou a reação. O medo tinha desaparecido para sempre. Eu tinha finalmente exorcizado o fantasma da múmia.

Retirado do livro “A Cura pelas Palavras”. Dr. Robert McNeilly e Jenny Brown. Editora Gaia.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Manifesto ABRAPSO

17 de maio é o Dia Internacional contra a Homofobia, por ter sido nesta data, em 1990, que a homossexualidade foi retirada da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A discussão dentro da Psicologia envolvendo a Resolução CFP Nº 001/99 incitou a
Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) a manifestar-se a respeito do assunto:

MANIFESTO CONTRA HOMOFOBIA E CONTRA QUALQUER RETROCESSO NA REGULAMENTAÇÃO ÉTICA DA PRÁTICA PROFISSIONAL EM PSICOLOGIA

29 de abril de 2010

A Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) vem a público reafirmar seu veemente posicionamento crítico em relação ao tratamento psicoterapêutico de pessoas com vistas à reorientação de sua sexualidade.

O Projeto de Decreto Legislativo Nº 1640/09, proposto pelo Deputado Paes de Lira (PTC/SP), com apoio da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, ao propor sustar a resolução Nº 001/99 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), visa tornar aceitável a realização de psicoterapia para modificação de orientação sexual. Esta resolução do CFP, de 23 de Março de 1999, dispõe no seu artigo 3º que “os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados”.

Os defensores do referido Projeto de Decreto Legislativo argumentam que a modificação da orientação sexual é um direito das pessoas que assim a desejam, portanto não é da competência do CFP decidir sobre a matéria. Além de ferir a autonomia do(a) profissional de psicologia, ignoram as opressões de uma sociedade homofóbica que constrange os indivíduos a não usufruir satisfatoriamente de seu direito a uma livre orientação sexual. Corroboram, portanto, com estas opressões, ao não propor condições satisfatórias para gays, lésbicas, bissexuais, travestis ou transexuais, para viverem livremente seu desejo.

Tal projeto de decreto legislativo contrapõe-se ao amplo debate internacional sobre direitos humanos e às iniciativas do governo federal, que por meio do programa Brasil sem Homofobia, propõe um conjunto de ações governamentais a serem executadas para combater a violência e discriminação contra LGBT. Além disso, os defensores do referido projeto ignoram as discussões referente ao PLC 122/06, que tramita no Senado, após aprovação na Câmara dos Deputados caracterizando como crime a "discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero".

Propor tratamento da orientação sexual sob a alegação de minimizar o sofrimento das pessoas que são discriminadas seria o mesmo que propor “embranquecimento” de pessoas vítimas de racismo. O que deve, por princípio, ser tratada é a intolerância frente à diversidade humana.

A Abrapso é a favor da liberdade e dignidade da pessoa humana e contrária a qualquer forma de discriminação ou ato que vise apoiar ou conformar a discriminação.

Ao invés de sustar a aplicação da Resolução do Conselho Federal de Psicologia, o Congresso Nacional deveria, sim, legislar em favor da livre expressão da sexualidade contra qualquer forma de discriminação, seja em âmbito privado ou público, contra as pessoas, baseadas em sua orientação sexual.


domingo, 16 de maio de 2010

Tocando em Frente



Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia.
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
e no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Composição: Almir Sater e Renato Teixeira
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