Os anos se passaram e Lua estava num aniversário, dias antes do seu próprio. Todos tomavam refrigerante, como era de se esperar numa festinha de adolescentes, à exceção de uma menina que pediu para a dona da casa pegar o seu chá na geladeira. “Chá?! Por que ela vai tomar chá?”, perguntou Lua. “Porque ela não toma refrigerante, toma chá gelado”, a pessoa lhe respondeu. Pensou consigo mesma: “interessante... se ela consegue, eu também consigo!” Parou no dia seguinte. O que a fez ser a única a não tomar refrigerante, no seu próprio aniversário, dias depois.
Isso aconteceu há nove anos e meio. Desde então, Lua tomou refrigerante em raríssimos casos, porque às vezes sente vontade. Quando bebe, sente-se cheia demais e míngua sua vontade. Não sente falta nem necessidade; mas pode, quando quer. Ela tem a opção, não o hábito.
Camila Sousa de Almeida
mt bom
ResponderExcluir"Não sente falta nem necessidade; mas pode, quando quer. "
...oooooooooou não!
rsrs