Quando pequenos aprendemos a usar lápis para desenhar, rabiscar, antes de aprender a escrever. E o que é escrever senão desenhar formas que formam letras? E seguindo os riscos de linhas no papel se formam palavras inteiras... frases, textos, histórias e vidas.
Com vários pontos finais que não as terminam, vamos continuando com inícios de letras grandes, enquanto as pausas explicam o que certas formas não poderiam ditar. É preciso respirar para continuar.
E o que continua pede espaço, pede buracos e vazios para ter conteúdo. É você que torna uma palavra, que é um simples desenho quase igual a outros iguais, uma forma única, porque só você a coloca onde só você a consegue colocar: no meio de outras, criadas por tua mente e tuas mãos que escrevem e desenham sons no ar quando escritos com a língua de falar.
As mãos que escrevem também esculpem formas sem fôrmas, preenchendo com seu próprio pensamento o interior de um vaso, que é algo em que outras coisas se pode colocar.
Palavras são vasos. Você preenche. Você esvazia. Você carrega, ou entrega, e dá. A utilidade que cabe nela cabe a ti colocar.
“Mundo” se faz com apenas 5 elementos, cinco que cabem exatamente na sua mão, onde se põe lápis e objetos de criação. Crie então, desenhando e inventando todas as formas de mundos que podem nascer da imaginação. Alterne retas e curvas, não fique parado nos acentos, porque o tom da sua vida pode ter, nos desenhos que formam você, o som da batida feliz de um coração.
Camila Sousa de Almeida
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