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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz Eu Novo

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cecília Meireles


domingo, 26 de dezembro de 2010

Equipada mente

Estava na praia tirando fotos quando a carga das pilhas da máquina acabou. Na bolsa tinha novas pilhas recarregáveis, numa embalagem tão hermeticamente fechada que me perguntei por que não abri antes de sair, com uma tesoura ou faca. 

Bem, de nada adiantava chorar o leite derramado (ou seria a caixa de leite lacrado? rs), eu estava ali precisando das pilhas e tinha que arrumar um meio de, naquele momento, ter acesso a elas. 

Apenas com minhas mãos eu não conseguiria abrir, pelo menos não sem me cortar. Então busquei entre as outras coisas que levava na bolsa algo que pudesse me servir de ferramenta, e achei o molho de chaves! Com um pouco de dificuldade consegui abrir a embalagem, improvisando o instrumento principal que utilizei: a criatividade. 

Camila Sousa de Almeida

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Movimento comente mais

O selo dispensa comentários. 
Meus, não seus. rs

Idéia: http://www.dasgurias.com/2010/05/14/movimento-comente-mais/

sábado, 18 de dezembro de 2010

A sexualidade e assexualidade


Tenho ouvido e lido sobre um não-novo grupo de pessoas que agora estão resolvendo sair do armário: @s assexuad@s. São pessoas que não gostam e não têm a mínima vontade de ter relações sexuais ou qualquer contato deste tipo com outras, mas que se apaixonam, gostam e querem se relacionar amorosamente (beijar, abraçar, namorar, até mesmo casar e ter filh@s). Há ainda aqueles que nem disso sentem falta e desejo: são @s chamad@s atualmente de assexuad@s não-romântic@s. 

Gente que costuma sofrer desde cedo nessa sociedade de tantas cobranças, primeiramente porque não sabem o que lhes acontece “de errado”; até compreenderem-se e, para sobreviver, ter que buscar uma forma de continuar respirando mesmo fora d’água... Muitas vezes julgad@s de ser o que não são, por uma suposta falta de definição (engraçado, já vi isso acontecer antes) muit@s acabam esforçando-se para fazer o que é esperado que se faça. Mas simplesmente o que empolga e atrai a maioria das pessoas, a partir de uma certa idade, (seja de um lado, de outro ou de ambos) para el@s é indiferente. 

Aí fica difícil satisfazer a necessidade humana de inserir tudo e todos numa categoria conhecida, que permita inferir-lhes características comuns a outros “iguais”. O indivíduo sente essa necessidade de inserção de si mesmo na busca do “quem eu sou” e de inserção do outro para saber “quem é el@” e assim poder sentir-se algum “nós”, pois uma identidade também se cria a partir de quem não somos. Agora, ao levantar a voz, @s assexuad@s começam a perceber que também têm um "nós".

Hoje assistimos (e participamos) de muitas guerras; uma delas se dá entre essa diversidade sexual que mostra a cara e os velhos padrões e preconceitos de quem não quer ouvir seus semelhantes – porque no final das contas há mais semelhanças – falar em voz alta. Sim, porque no fundo el@s nunca estiveram quiet@s... E inquieto agora está o mundo que, baseando seu modo de vida capitalista na manipulação dos desejos humanos, lamenta a descoberta de pessoas bem resolvidas com o fato de que absolutamente não querem sexo!

De que adianta manter velhas estruturas se o construído continua desabando?

@ = eles e elas. 

Camila Sousa de Almeida

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Conto do Sábio Chinês


Era uma vez
Um sábio chinês
Que um dia sonhou
Que era uma borboleta
Voando nos campos
Pousando nas flores
Vivendo assim
Um lindo sonho...
Até que um dia acordou
E pro resto da vida
Uma dúvida
Lhe acompanhou...
Se ele era
Um sábio chinês
Que sonhou
Que era uma borboleta
Ou se era uma borboleta
Sonhando que era
Um sábio chinês...

Composição: Raul Seixas

Alta estima


Algumas pessoas têm dificuldade de se relacionar com os outros porque não gostam de si mesmas (na verdade, apenas de alguns aspectos que são confundidos com o todo). E é muito comum que essas mesmas pessoas, que não se dão o devido valor, sejam pessoas cheias de motivos para se gostar. Se elas pesquisarem bem, encontrarão muitas habilidades pessoais, muitos detalhes bonitos em seu próprio corpo, muitas qualidades em seu caráter, personalidade e principalmente nos seus sonhos e intenções. 

Muitas dessas pessoas são hábeis em enxergar pontos positivos nos outros e isso já é uma qualidade e habilidade importantíssima! Existe uma espécie de lei que diz que “só se dá o que se tem” e que enxergamos o mundo a partir do que temos dentro de nós. Se algumas dessas pessoas não têm essa habilidade específica é porque, de certo, têm outras. Não dá pra ser bom em tudo, afinal ninguém é perfeito. Nem mesmo quem essas pessoas acham perfeito. Elas já deviam saber que nem tudo é o que parece...

E algumas dessas pessoas parecem estranhas. Outras pessoas parecem “normais”. Engraçado é que um amigo meu tem um gato que age como cachorro, mas não é um cão! Veja bem, se essas pessoas contarem nos dedos quantas pessoas gostam delas, perceberão que perderam a votação. De lavada! E “se não pode vencê-los...”

Camila Sousa de Almeida

sábado, 4 de dezembro de 2010

Rituais


Hoje em dia, com a consciência ambiental sendo amplamente discutida, sabemos que não podemos separar o que acontece no nosso ambiente de nós mesmos: os atos e fatos se interconectam de forma que um evento externo simboliza e é simbolizado por processos que se desenvolvem dentro de nós. Entre o fenômeno interno e externo existe (ou pode existir) um comportamento; uma ação que liga um ao outro concretamente. Um exemplo muito bom disso são os rituais que podemos criar e praticar, para trabalhar alguma questão pessoal. É uma ótima idéia colocar no papel tudo que lhe frustra (ou lhe chateia; ou lhe machuca; ou lhe amedronta; ou lhe entristece; ou lhe debilita; etc) e depois queimar, deixando o fogo transformar tudo aquilo em cinzas fáceis do vento levar. Você pode ver isso acontecendo com seus próprios olhos, realizar tudo com suas próprias mãos (sem se queimar), e sentir que, à medida que o fogo faz o trabalho dele naturalmente, você gradativamente tem menos o que segurar... até terminar. Você pode, inclusive, ir falando o que vê e o que está acontecendo para você: “o fogo está transformando tudo isso”; “as coisas estão ficando diferentes”; “eu tenho o poder de mudar e estou fazendo isso”; etc. Você saberá. Crie seus próprios rituais, faça você mesmo. TransFORME-SE num TRANSFORMAdor.

Camila Sousa de Almeida

Vi vendo

Viajar é um bom exercício de desapego. A roda gira, o chão constantemente é outro e a poeira sobe pra avisar. O rio-mar de longe se vê fluindo a passar, mesmo naquele mesmo lugar. A água da garrafa você vai consumindo, o vento vai batendo, o sol subindo ou, dependendo, baixando até esfriar. Os animais caminham, correm, as pedras paradas ficam pra trás. Cada segundo uma foto única pra se apreciar. As plantas se movem e envolvem os olhos de encantos enquanto os cantos dos pássaros são a música a se escutar. Os ponteiros saindo do lugar... O corpo equilibra, tudo balança, e a vida de viajante é a mesma: nunca na mesma, sempre a se transformar! 
Camila Sousa de Almeida
*Foto tirada por mim em uma de minhas jornadas...

domingo, 21 de novembro de 2010

Iluminando-se

A auto-imagem é como uma fotografia que tiramos de nós mesmos. E um fato muito curioso sobre fotografias é que, a mesma que agora não lhe agrada, pode ser agradável aos olhos do(s) outro(s), ou até aos seus próprios olhos, em outro momento. Assim, até o que não muda, muda. Imagine então como não muda o que vive mudando...

A palavra Fotografia vem do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", “pincel") ou γραφη grafê, e significa "desenhar com luz e contraste".

Por definição, fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível. A invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, agilizando as etapas do processo de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Verbo Ser


Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Pergunta quais são as perguntas...


Sobrevivemos por causa de nossas certezas, mas crescemos por causa de nossas dúvidas. Porque é quando você não sabe o que fazer ou dizer, que você procura a melhor opção.
Sempre há opções.

Camila Sousa de Almeida

Tudo está interligado



http://www.youtube.com/watch?v=vzOTz27CXOI

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O diário de uma lúpica

“Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira.”

Cecília Meireles

Falar sobre meu cabelo é um assunto bastante motivador. Eu descobri que tenho lúpus desde 2005 e a partir desse momento se iniciou uma nova fase em minha vida: adaptações, transformações, mudanças de hábito, enfim, busca de estratégias para viver melhor. O primeiro impacto foi quanto à restrição de luz solar, associada ao uso dos corticóides e como conseqüência a retenção de líquido, aumento de peso, aparecimento de estrias, entre outros... Pra resumir a história, todos esses aspectos afetaram diretamente a minha auto-estima.

Entretanto, eu não sabia que o pior ainda estava por vir... Como o lúpus se caracteriza por fases de remissões, em alguns momentos da minha vida a situação se complicou. Em 2006 tive sérias crises de artrite, acometimento renal e neurológico, então meu reumatologista – Dr. Georges Basile – recomendou que eu fizesse algumas sessões de pulseterapia, uma espécie de “quimioterapia mais leve”, cuja substância utilizada no meu caso foi a ciclofosfamida. Em relação às crises de artrite e outros sintomas correlatos, o efeito foi fantástico; em poucos dias meu corpo respondeu satisfatoriamente.

Em compensação, os efeitos colaterais de longo prazo me deixaram um tanto angustiada... Meu cabelo começou a cair muito, pensei até que fosse ficar careca... (risos – depois que passa a gente ri!) Brincadeiras a parte, meu cabelo diminuiu significativamente o volume, então tive que cortá-lo curtinho e iniciar um tratamento orgânico intensivo com a minha Cabelereira – Sandra. Uma das coisas que eu mais gostava em mim era justamente o cabelo e foi muito difícil aceitar essa mudança de visual. Depois de muito ouvir a Sandra e minha mãe falar dos benefícios, eu resolvi cortá-lo. Fui vivenciando cada etapa desse processo, nunca imaginei, mas comecei a gostar da forma como cabelo se moldava, à medida que minha saúde foi se restabelecendo os fios foram tomando vida e gradativamente se fortaleceram.

O resultado é que hoje, após dois anos e meio dessa trajetória, aprendi a valorizar muito mais meu cabelo. Comumente, quando vou ao salão de beleza, Sandra e eu admiramos a evolução dos fios. É indescritível a sensação, mas sempre que me olho no espelho agradeço imensamente a Deus meus cabelos com vida, e isso só me faz confirmar algo muito importante: que nós temos uma força, um incrível poder regenerador em nosso íntimo, capaz de transformar positivamente qualquer realidade.

Ludmila França dos Santos, 30 de setembro de 2009




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