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Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Aprendendo “na-tora-mente”, como dizem...


Tragédias, massacres, catástrofes da natureza, a violenta (re)ação se tornando cada vez mais constante no nosso mundo. Seria mero acaso, culpa sempre do próximo ou conseqüências de nossos atos? 

A re-volta verdadeira é nossa ou desses fatos? Quem começou? Procurar culpas e encontrar “os culpados” parece uma tradição diante do inexplicável; um modo de tentar manter-se numa posição confortável: aquela de quem não tem “nada a ver” com o ocorrido e apenas viu pela TV, no noticiário. Mas na TV só passa aquilo que tenha quem assista. Uma pergunta: a violência está fora ou dentro de mim, quando me permito ser diariamente violado?

Assistir é uma forma passiva de participar ativamente. Sim, porque o observador também influi no desenrolar dos fatos observados, fenômeno comprovado por pesquisas científicas. É o subjetivo influenciando o objetivo, não só sendo influenciado. 

Ontem assisti uma reportagem interessante, sobre o que aconteceu depois do assassinato de crianças e adolescentes numa escola, por um homem que, em poucos instantes, interferiu para sempre na vida de muitas famílias. Em retaliação, picharam o muro da casa de seus familiares. Mas voluntários, desconhecidos de tais alvos, pintavam o referido muro de branco, estancando assim a violência, que uma bola de neve gerava. Como esperar o fim levando algo adiante? Alguns se perguntavam...

E na mesma linha de raciocínio sábio, ia uma mãe recolher a mochila da filha morta; além de já ter doado os órgãos da menina, repassaria ainda os livros dela, ainda em bom estado. Mais didática era a atitude da mãe cidadã, do que aqueles objetos a serem doados. Destoando do comum, estava ali a filmagem da dor do vivo, transformada em lindas cores de solidariedade. 

Como num truque de mágica parecia incrível como, algo que costuma levar as pessoas para um movimento interno de mergulho em seus sentimentos, na falta e no vazio que parecem deixar esses momentos, estava levando alguém a olhar justamente para o lado de fora; e querer preencher algo além de si mesma... 

Será que finalmente estamos aprendendo? O exemplo de Gandhi está sendo compreendido? Será que a morte está conseguindo se tornar mais do que corpos caídos nos vãos e impedindo que nossas vidas sigam nocivamente em vão?

Camila Sousa de Almeida

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