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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Insight about the light



Da janela do avião observei algo interessante: olhar para cima ou para baixo era a mesma coisa, exceto por alguns detalhes... Na terra, pontinhos luminosos de cores variadas se espalhavam no escuro fundo preto; já no céu o escuro era mais claro e os pontinhos luminosos, denominados por nós de estrelas, tinham uma cor só...

Camila Sousa de Almeida

Eu estou aqui pra crescer!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O céu não é azul!


 
Numa Escola de Ensino Fundamental, uma menina de 7 anos faz um desenho de uma paisagem com tintas coloridas.
Era a tarefa do dia na aula. Pintar um lugar onde eles gostariam de estar.
A menina se esmerou com a palheta de cores, e produziu, empolgada, sua obra de arte.
Ansiosa, levantou-se da cadeira e foi mostrar à professora.
Ao ver a pintura, a educadora notou algo estranho já de súbito.
Disse baixinho um Muito bem, para incentivar a criança, fez um carinho e pegou o desenho em mãos.
Os trabalhinhos seriam expostos no outro dia no mural da Escola.
No intervalo para o lanche, a professora não se conteve, pegou o desenho e foi mostrar às outras que se encontravam na secretaria da Escola.
Ela queria uma opinião sobre aquilo. Algumas delas eram mais entendidas em psicologia infantil, e quem sabe poderiam ajudá-la a decifrar o que estava pintado ali.
O que será que ela quis dizer com isso? Isso deve estar mostrando algum sentimento, algo que ela tem guardado. O que será?
As amigas de profissão não souberam dizer. Algumas disseram que não era nada, que não deveria se preocupar. Mas ela estava encafifada.
Voltou à sala de aula, e resolveu que, ao final do período, iria conversar com a menina e perguntar a ela o que significava.
Chamou-a então, com discrição, à sua mesa e perguntou, com a pintura na mão:
Querida, você pode explicar algo para mim? - A criança acenou com a cabeça.
Se o céu é azul, por que você desenhou um céu cor-de-rosa?
Mas o céu não é azul, professora! - Respondeu ela, com educação.
Quem diz que o céu é azul é analfabeto de céu!
Ontem, no final da tarde, o céu, atrás de minha casa, estava assim, rosa.
Esses dias vi um céu laranja! À noite ele é sempre preto, ou azul escuro, mas de dia ele pode ser cinza claro, cinza escuro, vermelho...
Sabe... Uma vez vi uma tempestade tão grande no céu, que ela chegou a pintar o céu de verde! Não é todo mundo que acredita, mas eu vi, era verde.

*   *   *

A menina fez um verdadeiro discurso sobre as cores do céu, deixando boquiaberta a professora desatenta.
Ela nunca havia parado para pensar nisso. Aceitou tão facilmente a verdade, o clichê de que o céu é azul, que acabou esquecendo a variedade de cores possíveis no zimbório terreno.
Percebeu então como as crianças têm uma sensibilidade admirável, e que muito tinha a aprender com elas.
Com certeza, na próxima vez, antes de achar que possa existir algum problema numa criança, iria se analisar, para perceber se não era sua sensibilidade que precisava de escola.

*   *   *

Toda criança é especial, e merece ser tratada como tal.
Da mesma forma como nem sempre o céu é azul, cada criança tem suas particularidades, e os educadores precisam estar atentos a elas.
Não se pode usar uma mesma fórmula, um mesmo padrão de ensino ou educação no lar, para todas as crianças.
Faz-se necessário ajustes, adequações, atenções individualizadas.
Todo céu é belo, mesmo sendo amarelo, rosa, vermelho ou negro.

Redação do Momento Espírita

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Se um cachorro fosse professor

Você aprenderia coisas assim:

Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.

Nunca perca uma oportunidade de ir passear.

Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.

Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.

Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.

Corra, pule e brinque todos os dias.

Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.

Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.

Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos
e deite debaixo da sombra de uma árvore.

Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.

Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado...
volte e faça as pazes novamente.

Aproveite o prazer de uma longa caminhada.

Se alimente com gosto e entusiasmo.

Coma só o suficiente.

Seja leal.

Nunca pretenda ser o que você não é.

E o MAIS importante de tudo...

Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio,
fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

Autor desconhecido

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Decididamente inconsciente


Dia desses uma cliente me perguntou: “na hipnose, quem decide a solução para o meu problema, eu ou você?”. Um dentre tantos mitos sobre a hipnose é esta questão.

Esse medo de estar submetido à vontade de outra pessoa durante o estado de transe não precisa existir, pois nossa mente inconsciente é nossa protetora e em nenhum momento deixa de cumprir esta função. Durante o estado alternativo de consciência nossos princípios e anseios mais profundos continuam a nos governar e sempre somos nós mesmos, mesmo que inconscientemente, que damos direção ao processo.

Por isso, podemos dizer que toda hipnose é uma auto-hipnose, inclusive quando alguém nos conduz. Dessa forma, você pode ficar tranquilo(a), que ninguém irá tomar suas decisões e nem definir os caminhos que você fará para sentir-se bem; apenas irá auxiliá-lo a proporcionar isso a si mesmo, da sua forma particular, dando-lhe opções...

A crença de que alguém de fora é que vai fazer algo – que você mesmo faz – lhe torna receptivo(a) para vivenciar internamente essas experiências. Quando alguém volta do transe maravilhado com o que lhe aconteceu, pode agradecer a si mesmo, porque permitiu se conduzir ao ser conduzido...

Certa vez uma cliente me disse ao sair de transe: “já faço isso antes de dormir”. E todos podem fazer também! Mas quem se dá essa oportunidade? Todas as maravilhas da sua mente estão aí dentro, esperando (ansiosa ou tranquilamente) serem encontradas no momento desse reencontro profundo com você

Camila Sousa de Almeida

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PsicoLogo ou Ainda Não



Hoje no consultório um questionamento me divertiu muito: “vocês psicólogos conseguem praticar isso que dizem?”. É uma boa pergunta. E a resposta pode variar muito...

Não é difícil encontrar a contradição na sociedade: há médicos que se drogam; professores que desvalorizam a criatividade e o pensamento crítico nos alunos; profissionais do Direito que transgridem as leis; pais e mães que fazem o que não querem que seus filhos façam; entre outros exemplos. E por mais que pareça um paradoxo, os psicólogos também enfrentam os tipos de problemas que levam as pessoas até eles. 

Nenhum ser humano está isento das questões humanas; apenas podemos encontrar quem tenha mais ou menos condições de lidar com elas saudavelmente. Talvez uma diferença entre os psicólogos e os não-psicólogos seja a obrigação que nós temos de estar sempre buscando melhorar pessoalmente, devido à profissão. Claro, não somos os únicos a ter que fazer isso. E acredito que o dever (e o prazer) de buscar esse auto-aperfeiçoamento não deve se tornar uma cobrança de perfeição. Nem pelos outros, nem por nós mesmos.

As relações (terapêuticas, inclusive) funcionam melhor quando temos a consciência de que cada um de nós tem pontos mais fracos e pontos mais fortes, que podem tanto ser diferentes quanto “iguais” aos dos outros com quem estamos nos relacionando. Quando aprendemos a aprender com todos, reconhecemos que todo mundo tem algo a ensinar, apesar de ainda ter muito a aprender... 

Quem sabe se aquele que lhe ajuda, ao lhe ensinar, esteja justamente aprendendo com você! O que se trabalha do lado de fora, está sendo trabalhado dentro também. Os dois se tornam parceiros de dança...
Camila Sousa de Almeida

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