Hoje no consultório um questionamento me divertiu muito: “vocês psicólogos conseguem praticar isso que dizem?”. É uma boa pergunta. E a resposta pode variar muito...
Não é difícil encontrar a contradição na sociedade: há médicos que se drogam; professores que desvalorizam a criatividade e o pensamento crítico nos alunos; profissionais do Direito que transgridem as leis; pais e mães que fazem o que não querem que seus filhos façam; entre outros exemplos. E por mais que pareça um paradoxo, os psicólogos também enfrentam os tipos de problemas que levam as pessoas até eles.
Nenhum ser humano está isento das questões humanas; apenas podemos encontrar quem tenha mais ou menos condições de lidar com elas saudavelmente. Talvez uma diferença entre os psicólogos e os não-psicólogos seja a obrigação que nós temos de estar sempre buscando melhorar pessoalmente, devido à profissão. Claro, não somos os únicos a ter que fazer isso. E acredito que o dever (e o prazer) de buscar esse auto-aperfeiçoamento não deve se tornar uma cobrança de perfeição. Nem pelos outros, nem por nós mesmos.
As relações (terapêuticas, inclusive) funcionam melhor quando temos a consciência de que cada um de nós tem pontos mais fracos e pontos mais fortes, que podem tanto ser diferentes quanto “iguais” aos dos outros com quem estamos nos relacionando. Quando aprendemos a aprender com todos, reconhecemos que todo mundo tem algo a ensinar, apesar de ainda ter muito a aprender...
Quem sabe se aquele que lhe ajuda, ao lhe ensinar, esteja justamente aprendendo com você! O que se trabalha do lado de fora, está sendo trabalhado dentro também. Os dois se tornam parceiros de dança...
Camila Sousa de Almeida
Sempre aprendemos com o outro que chega até nós! É impossível a gente não afetar-se com a existência do outro em nossa frente!:D
ResponderExcluirQuando aprendemos a aprender com todos, reconhecemos que todo mundo tem algo a ensinar, apesar de ainda ter muito a aprender...
ResponderExcluirAdorei o texto!