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Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"A Bruxa do Bem"



Ontem assisti pedaços de um filme de sessão da tarde, desses bem sessão da tarde mesmo, chamado “A Bruxa do Bem”. De uma forma light ele expôs um assunto muito sério. Vou relatar: um menino de mais ou menos 12 anos de idade estava sendo ameaçado na escola por outro, “o valentão”, que roubava seu lanche e, na falta de lanche, queria dinheiro. O menino estava se submetendo a isso, até que “o valentão” passou a ameaçar sua irmã também, e aí o menino manifestou pela primeira vez (o que me pareceu, mesmo sendo a primeira cena do filme que vi) uma reação de defesa. Reagiu, mas apanhou e caiu. 

O tal menino procurou o avô para aprender boxe com ele, mas o avô sugeriu que ele pedisse ajuda do pai. Não sei por que, mas ele não queria pedir ajuda do pai para isso, então deixou essa idéia pra lá. Foi procurar ajuda com a tal “bruxa” que havia chegado há pouco tempo na cidade, na loja em que vendia “instrumentos de magia”, tais como pedras, máscaras...

Pediu a ela um antídoto para transformar alguém em sapo. Compreendendo a situação, ela lhe disse que na verdade só precisaria de algo que transformasse a pessoa em algo menos ameaçador... Explicou que seria difícil, e que ia necessitar da ajuda dele: deu-lhe uma pedra (acho que uma drusa de ametista) e disse para ir até a casa do “valentão”; depois dar um jeito de apresentar ele ao seu pai e fazê-lo tocar na pedra, antes de devolver a ela. Ele perguntou, espantado: “mas como eu vou fazer tudo isso?!” Ela disse que não sabia como, mas que ele precisaria de muita coragem...

Chegando à casa do “valentão”, o menino, escondido, viu uma cena: o filho apanhando do pai, que gritava para ele esvaziar os bolsos. O filho chorava e dizia que não tinha nada. Quando o pai foi embora, “o valentão” ficou chorando até que viu o menino lhe olhando; e aí instantaneamente seu olhar passou de vítima indefesa para olhar de agressor... Foi brigar com o menino, que disse que estava ali porque pensou que podiam brincar juntos! “Ou você é muito burro ou tem muita coragem”, disse “o valentão”. E eles foram para a casa do menino brincar.

Em casa, o menino apresentou o outro ao pai, e depois foi contar a ele a situação do amigo: o pai dele era alcoólatra e o deixava sozinho, muitas vezes sem comida... A mãe os havia abandonado quando ele tinha por volta de seis anos. O pai do menino prometeu tentar ajudar. Assim, os meninos se tornaram amigos de verdade e a pedra foi devolvida à “bruxa” com a resposta de que não precisava mais daquela ajuda dela...

Enquanto isso, as pessoas da cidade tentavam de todo jeito expulsar “a bruxa” da cidade, comandados pela “primeira-dama”, que fez até uma reunião com as mulheres para planejarem uma estratégia para alcançar tal objetivo. Dois adolescentes acabaram pichando o muro da loja dela, mas foram pegos pela polícia. E quem diria, eram os filhos do prefeito. 

Na delegacia, a “primeira-dama” chega achando um absurdo tratarem os filhos dela como presos normais, exigindo regalias. O prefeito chega logo depois, e o policial manda que eles sejam fichados e presos normalmente, mas “a bruxa” diz que não prestará queixa, pois não quer prejudicar a vida deles. O pai dos jovens diz que eles limparão tudo que fizeram e que pagarão todos os prejuízos causados, mas a mãe protesta, achando tudo um absurdo. O pai se impõe e lhe diz: “todo esse seu ódio e desejo de vingança transformou nossos filhos em delinqüentes!”. 

Pais que foram filhos... filhos que serão pais... crianças, adolescentes, adultos, idosos: gente como a gente, que aprende.

Camila Sousa de Almeida

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