Minha foto
Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

sábado, 31 de julho de 2010

Hospital substitui sedação por hipnose

Lais Cattassini e Mariana Lenharo

Imersa em uma cachoeira no meio de uma floresta tropical, a tradutora Elaine Pereira, 43 anos, conseguiu fazer a ressonância magnética que ela tanto temia. A cena, na verdade, estava só na mente dela. Hipnotizada, foi capaz de relaxar sem a necessidade de sedativos. A técnica, aplicada no Hospital São Camilo, permite a pacientes claustrofóbicos (que têm medo de lugares fechados e apertados) passar pela máquina conscientes e calmos.

Sem efeitos colaterais, a hipnose é usada como alternativa para a anestesia. Diferentemente da injeção, o procedimento não afeta a percepção e não tem contraindicações, segundo os médicos. Após o exame, o paciente pode, por exemplo, voltar para casa dirigindo. “A sedação é segura, mas ainda assim envolve alguns riscos. Já para a hipnose, o perigo é o mesmo que dormir”, diz o cardiologista do Hospital São Camilo Luiz Velloso, um dos coordenadores do estudo.

Para que a técnica fosse oferecida no hospital, Velloso e a psicóloga Maluh Duprat a experimentaram em pelo menos 20 pacientes. Segundo eles, 18 pessoas enfrentaram o procedimento sem a necessidade de medicamentos.

Elaine conta que nem sentiu o tempo passar. “Para mim foram apenas cinco minutos, mas eu sei que fiquei uma hora dentro da máquina”, diz. Ela procurou a alternativa após uma experiência ruim com a ressonância. “Tenho claustrofobia, mas nada que atrapalhe a minha vida. Só que durante o exame, além do espaço ser pequeno, você não pode se mexer”, conta.

Uma tatuagem impedia Elaine de realizar o procedimento sedada. De acordo com os especialistas, algumas tatuagens, feitas com tintas à base de metais, podem ser atraídas pelo magnetismo da máquina. Por isso, o paciente deve estar consciente para informar ao médico se está com dor.

A capacidade de responder aos estímulos dos médicos é outra vantagem da hipnose. “Às vezes, o paciente deve obedecer algo ou assumir alguma posição durante o procedimento, coisa que não pode fazer se estiver sedado”, diz Velloso.

A técnica é usada como substituta para a sedação, mas não cura a claustrofobia. “Não é uma cura. Mas durante o exame o paciente percebe que tem controle sobre aquele medo”, diz Maluh. Elaine, por exemplo, passou a se imaginar em uma floresta sempre que sente-se estressada. “É uma ótima técnica de relaxamento”, diz.

Antes do exame, Elaine foi testada para ver se poderia ser hipnotizada. A preparação antes da ressonância não durou mais que 10 minutos, de acordo com ela. “Depois eu ainda saí dirigindo”, diz. Muitos procedimentos anestésicos, por outro lado, demandam meses de agendamento com o anestesista.

A hipnose, reconhecida pelos conselhos de medicina, deve ser praticada por profissionais de saúde mediante treinamento. No ano passado, a Sociedade Brasileira de Hipnose e Hipniatria (SBHH) capacitou cerca de 700 médicos, psicólogos e dentistas.

Para o médico Luiz Carlos Motta Lima, presidente da SBHH, a técnica pode ser usada como ferramenta adicional em qualquer tratamento médico ou odontológico. “Se um paciente tem pneumonia, por exemplo, pode-se usar a hipnose para que ele aumente a defesa de seu organismo”, explica.

FONTE: estadao.com.br
http://bit.ly/9EmyKA

A Natureza das Coisas




Se avexe não
Amanhã pode acontecer tudo
Inclusive nada
Se avexe não
A lagarta rasteja até o dia
Em que cria asas
Se avexe não
Que a burrinha da felicidade
Nunca se atrasa
Se avexe não
Amanhã ela pára na porta
Da sua casa
Se avexe não
Toda caminhada começa
No primeiro passo
A natureza não tem pressa
Segue seu compasso
Inexoravelmente chega lá
Se avexe não
Observe quem vai subindo a ladeira
Seja princesa ou seja lavandeira
Pra ir mais alto vai ter que suar

Composição: Acioli Neto


 

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Enxergando o invisível


Aquele velho ditado que ouvimos tantas vezes “as aparências enganam” tem uma abrangência que nem sempre observamos. Falo de atitudes, comportamentos e falas que explicitamente se mostram ser o que no fundo não são. Aparência essa que muitas vezes engana o próprio dono, além dos vários desatentos, que julgam muito do pouco que sabem. 

Com certeza você conhece alguém que “se acha” ou, como ele mesmo diria, “não se acha, tem certeza!”. Esse é um tipo de atitude que desperta repulsa em muitas pessoas, por estas acharem que o indivíduo em questão se acha superior aos outros. Mas não se enganem, quando alguém demonstra se valorizar tanto assim, geralmente (e não certamente – porque eu acho, não tenho certeza) é exatamente o oposto: sente-se inferior. O excesso de auto-estima é expresso na tentativa de compensar o que sente, inconsciente ou conscientemente, e não deixar ninguém descobrir. 

Outro exemplo é a agressividade. Seja momentânea, reativa ou característica constante de uma personalidade, ela pode ser o esforço para lidar com uma fragilidade. Seja uma carência de afeto, um medo ou uma dor grande que se quer parar de sentir... As pessoas reagem diferente aos mesmos estímulos, e a forma que muitas encontram para lidar com algumas de suas fragilidades é a agressão. 

Nos tempos das cavernas o ser humano aprendeu duas formas de se defender: lutar ou correr. Se você se encontra numa situação em que alguém luta com você, mesmo que você não saiba que está atacando (porque talvez não esteja), experimente olhar diferente este lutador. Veja um provável sofre-dor. E quem sofre precisa do que? Carinho, compreensão, não concorda?! Se você não reage igual, você torna impossível a situação permanecer igual. Não reagir é uma forma de agir. Calar é uma forma de compreender. Não fazer nada é também fazer algo por alguém.
Quando você atenta para o fato de que aqueles que menos parecem merecer o seu amor talvez sejam os que mais precisam, você está enxergando o essencial, o invisível aos olhos...  
Camila Sousa de Almeida

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Experimentando a chuva


Antes de começar a ler, você pode entrar neste site e desfrutar do som da chuva durante a leitura: http://www.rainymood.com/
Foto: Camila Sousa

Quando chove lá fora, pode prestar atenção, talvez seja um convite para chover aí dentro também... Pois se não é a chuva um transbordar, consequência da transformação e causa de fecundidade por aí... A água limpa o ar, acalma o fogo e fortalece a terra. Enche e solta para equilibrar.
Fenômeno-convite ao deleite dos sentidos, você pode desfrutá-la com o tato, com o olfato, com a audição, com a visão, ou simplesmente percebendo que a chuva, independente do tempo, está aí dentro. Você pode perceber suas próprias gotas a cair...
Não dá para cheirar só a chuva, mas dá para sentir o cheiro de outras coisas que, somado à chuva, cheira de um modo especial. Ela é aquela que intensifica nossa percepção do que a seco não percebíamos tanto. E observe bem que o que ouvimos são os sons do contato, e não das gotas em si. É da gota quando encontra algo... Os diferentes tipos de sons, mais fortes ou mais fracos, dependem do caminho por onde a gota passa... Até chegar ao seu (temporariamente) último destino, para novamente se reunir e tornar-se mais do que si.
Chover é um ato de renovar-se. 


Camila Sousa de Almeida

Começa com você


http://www.youtube.com/watch?v=Na58ssHw6jA

sábado, 10 de julho de 2010

Cinco razões para você entrar em contato com a natureza


Quem ainda precisava de argumentos para adotar um estilo de vida mais natural acaba de ganhar uma lista deles. São cinco tópicos listados pela Universidade de Harvard para convencer as pessoas que passar mais tempo em contato com a natureza faz bem para o corpo e para a mente.

As informações foram publicadas na Harvard Health Letter do mês de julho e mostram que, mesmo com tantas vantagens em conviver com a natureza, os americanos passam 90% de suas vidas em ambientes fechados.

A revista lembra que diversos estudos já comprovaram os benefícios para a saúde física e mental que o contato com o meio ambiente pode proporcionar e listou alguns deles. Confira:

1 – Elevação dos níveis de vitamina D

Chamada de “vitamina do sol”, essa substância é produzida a partir do contato dos raios solares com a pele e promove a absorção de cálcio pelo organismo. Além da importância na manutenção dos níveis do cálcio no sangue e na saúde dos ossos, a vitamina D tem um papel muito importante na maioria das funções metabólicas e também nas funções musculares, cardíacas e neurológicas.

Estudos epidemiológicos sugerem que a vitamina D pode ter efeitos protetores contra diversas doenças, desde a osteoporose ao câncer, passando pela depressão, ataques cardíacos e derrames. Já a deficiência da vitamina pode precipitar e aumentar a osteoporose em adultos e causar raquitismo, uma avitaminose, em crianças.

A boa notícia é que para produzir a vitamina D no seu organismo, você só precisa ficar ao ar livre algumas vezes por semana, de preferência nos horários em que sol está mais fraco, e expor seus braços e pernas por 10 a 15 minutos.

2 – Mais exercício

É verdade que muita gente consegue se exercitar sem sair de casa, ou ainda em academias e clubes de ginástica totalmente cobertos. Também tem muita gente que consegue passar horas em contato com a natureza sem mexer um músculo – basta ir a uma praia para perceber. Ainda assim, os ambientes fechados costumam ser um convite ao sedentarismo, enquanto um parque repleto de árvores costuma dar um novo ânimo a uma caminhada.

Um estudo feito por pesquisadores britânicos com crianças que passavam cerca de seis horas por dia utilizando equipamentos eletrônicos (como TV´s e videogames) mostrou que elas eram duplamente ativas quando estavam ao ar livre. Portanto, se você quer se exercitar, um bom começo é sair de casa. Pode ser uma corrida na orla, um passeio de bicicleta no parque ou até uma limpeza no quintal, o que importa é colocar o corpo em movimento junto à natureza.

3 – Maior concentração

O escritor americano e autor do livro Last Child in the Woods, Richard Louv, utilizou o termo “transtorno de déficit de natureza” em seu último trabalho. E ele não é o único a acreditar que a falta de contato com o meio ambiente agrava problemas como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Pesquisadores tem relatado que crianças costumam se concentrar melhor após passarem um período ao ar livre.

Um estudo publicado em 2008 mostrou que crianças diagnosticadas com TDAH obtiveram melhor pontuação em testes de concentração após caminharem em um parque, em comparação com outras que caminharam em um bairro residencial e no centro da cidade.

Apesar de não serem conclusivas em relação aos adultos, as pesquisas sugerem que o contato com a natureza pode ser uma aliada aos homens e mulheres que querem uma melhor concentração. Não custa tentar.

4 – Menor tempo de cicatrização e cura

Uma pesquisa realizada na Universidade de Pittsburgh em 2005 mostra que pacientes expostos a luz natural sentiam menos dores e sofriam de menos estresse, além de precisarem de uma menor quantidade de medicamentos durante o período de recuperação.

Outro estudo aponta que até a vista das janelas dos quartos de hospitais que exibiam árvores, em vez de muros, faziam a diferença durante a recuperação dos doentes. Os dados científicos apenas reforçam o velho conselho que diz que “tomar um ar fresco” faz bem para a saúde.

5 – Mais felicidade

Estudos mostram que a luz do sol tende a elevar o humor das pessoas, enquanto a prática de exercícios físicos libera endorfina, despertando uma sensação de relaxamento, euforia e bem-estar. Combinar as duas práticas em um ambiente ao ar livre certamente fará bem a qualquer um.

Pesquisadores da Universidade de Essex, na Inglaterra, estão realizando um estudo que aponta que praticar exercício em meio à natureza traz vantagens significativas para a saúde mental. A pesquisa aponta que os “exercícios verdes”, como estão sendo chamados, mostram resultados benéficos na auto-estima e no humor com apenas cinco minutos de prática.

Cuidados

Apesar de todas essas vantagens, é sempre bom lembrar alguns cuidados básicos que devem ser tomados durante esses momentos de atividades ao ar livre. Uso de protetor solar e de repelentes contra insetos, além de atenção à qualidade do ar no local da diversão são alguns deles.

Depois de tomar esses cuidados, basta calçar um tênis e procurar uma área arborizada próxima a sua casa. Agora você já tem razões de sobra para entrar em contato com a natureza.

Related Posts with Thumbnails