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Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Enxergando o invisível


Aquele velho ditado que ouvimos tantas vezes “as aparências enganam” tem uma abrangência que nem sempre observamos. Falo de atitudes, comportamentos e falas que explicitamente se mostram ser o que no fundo não são. Aparência essa que muitas vezes engana o próprio dono, além dos vários desatentos, que julgam muito do pouco que sabem. 

Com certeza você conhece alguém que “se acha” ou, como ele mesmo diria, “não se acha, tem certeza!”. Esse é um tipo de atitude que desperta repulsa em muitas pessoas, por estas acharem que o indivíduo em questão se acha superior aos outros. Mas não se enganem, quando alguém demonstra se valorizar tanto assim, geralmente (e não certamente – porque eu acho, não tenho certeza) é exatamente o oposto: sente-se inferior. O excesso de auto-estima é expresso na tentativa de compensar o que sente, inconsciente ou conscientemente, e não deixar ninguém descobrir. 

Outro exemplo é a agressividade. Seja momentânea, reativa ou característica constante de uma personalidade, ela pode ser o esforço para lidar com uma fragilidade. Seja uma carência de afeto, um medo ou uma dor grande que se quer parar de sentir... As pessoas reagem diferente aos mesmos estímulos, e a forma que muitas encontram para lidar com algumas de suas fragilidades é a agressão. 

Nos tempos das cavernas o ser humano aprendeu duas formas de se defender: lutar ou correr. Se você se encontra numa situação em que alguém luta com você, mesmo que você não saiba que está atacando (porque talvez não esteja), experimente olhar diferente este lutador. Veja um provável sofre-dor. E quem sofre precisa do que? Carinho, compreensão, não concorda?! Se você não reage igual, você torna impossível a situação permanecer igual. Não reagir é uma forma de agir. Calar é uma forma de compreender. Não fazer nada é também fazer algo por alguém.
Quando você atenta para o fato de que aqueles que menos parecem merecer o seu amor talvez sejam os que mais precisam, você está enxergando o essencial, o invisível aos olhos...  
Camila Sousa de Almeida

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