Ainda criança decidi parar de jogar lixo no chão, quando descobri a importância disso. Nem mesmo um pequeno papel de bala ou chiclete eu deixava onde não devia, após tomar essa decisão. Lembro de um dia, quando estava na rua, em que caminhei cerca de cinquenta metros para jogar um pequeno papel desses numa lata de lixo e depois voltei para continuar conversando com minhas amigas. Elas haviam parado tudo para me assistir, sem entender o que eu tinha ido fazer, e quando voltei e expliquei, elas riram de mim. É interessante como cada um enxerga o seu próprio absurdo no alheio, pela incompreensão do que você compreende...
Anos mais tarde, na adolescência, perguntei a uma ambulante que vendia batatinha-frita onde tinha um lixeiro para jogar o copo descartável. Ela me respondeu que não existia e que eu jogasse ali mesmo (no chão da calçada). Eu disse a ela que isso não se fazia e tentei orientá-la; em seguida fui procurar um lixeiro na rua, até encontrar. Voltando para onde estavam meus amigos, um deles, que estava junto comigo na barraca de batata, contou para todo mundo o ocorrido e todos, mais uma vez, riram de mim. E passaram a contar histórias parecidas, onde se divertiam com o fato de jogar lixo no chão por aí...
Anos mais tarde, na adolescência, perguntei a uma ambulante que vendia batatinha-frita onde tinha um lixeiro para jogar o copo descartável. Ela me respondeu que não existia e que eu jogasse ali mesmo (no chão da calçada). Eu disse a ela que isso não se fazia e tentei orientá-la; em seguida fui procurar um lixeiro na rua, até encontrar. Voltando para onde estavam meus amigos, um deles, que estava junto comigo na barraca de batata, contou para todo mundo o ocorrido e todos, mais uma vez, riram de mim. E passaram a contar histórias parecidas, onde se divertiam com o fato de jogar lixo no chão por aí...
A ignorância, às vezes, se promove pelas semelhanças. Dentro de você pode não se achar as verdades dos outros, mas a sua, com certeza, você encontrará. A consciência dO QUE É mora profundamente na sabedoria da sua mente inconsciente...
Camila Sousa de Almeida
Me faz lembrar da experiência de Asch sobre o conformismo.(http://psicologiaexperimental.blogs.sapo.pt/2388.html)
ResponderExcluirPerdi a conta quantas vezes senti a pressão social me afetar me fazendo duvidar dos meus ideais, por mais utópicos que sejam, soando até como um tolo ingênuo. É preciso maturidade e estar seguro daquilo em que acredita. Pode sim refletir sobre sua posição, mas que a mudança de opinião se dê apenas de forma bem pensada e coerente.
Algumas vezes também, me cérebro dizia uma coisa, mas meu coraçção dizia outra, e esta última é que eu sentia que era ali que morava a verdade, mesmo contrariando os mais "sábios"
Similar à fábula do incêndio na floresta em que todos os animais corriam assustados para se salvar, e apenas um beija-flor ia no rio, pegava umas gotinhas de água e jogava no fogo, e ficava fazendo isso várias vezes. Um dos animais perguntou se ele não era idiota a ponto de não ser capaz de ver a inutilidade daquilo. O beija-flor simplesmente responde que sabe que não apagará o fogo sozinho, mas está fazendo a sua parte.
"A imbecilidade sempre leva vantagem sobre a sabedoria. Essa superioridade evidencia-se sobretudo quando o ignorante ignora por completo o conhecimento do sábio. Não há como ministrar conhecimentos a um tolo que se orgulha da própria tolice." (Eiji Yoshikawa - Musashi)