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Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Dr. Google não é especialista em você!



A internet propicia atualmente uma maior facilidade de acesso à informação, e isto também se observa no âmbito da saúde. Não apenas instituições e profissionais têm a possibilidade de disponibilizar seus textos publicamente, como qualquer pessoa que queira questionar, opinar ou informar através dos espaços virtuais.

Como absolutamente tudo, isso tem um lado positivo e um negativo: o enriquecimento das trocas diminui a ignorância, porém pode levar a alguns equívocos. Não só porque nem todas as informações são baseadas em comprovações científicas, até porque o que é considerado científico também está sujeito à falhas e mudanças. A contextualização é necessária para tornar uma “verdade” realista. Porque as verdades absolutas não existem; a diversidade, em tudo o que diz respeito ao ser humano, é que se coloca como fato concreto.

O que em um grupo é considerado doença, em outro pode ser compreendido como um dom espiritual; o que em uma família é encarado como demonstração natural de saúde, em outra é causa de incômodo e vista como um problema: como uma criança bastante ativa, por exemplo. Todos nós apresentamos características que se encaixam em sintomas de transtornos catalogados, mas isso não é suficiente para nos considerarmos “isso” ou “aquilo”. Há muito mais a se pensar...

É comum hoje as pessoas se autodiagnosticarem a partir do que lêem na internet, e isso pode ser benéfico por um lado, mas negativo por outro, como já havia dito. Encontrar um nome para o que se sente e vivencia pode trazer alívio e esperança de melhora, mas também pode acabar limitando aquilo que você acredita sobre você; colocando o foco em dificuldades, enquanto você é um Todo muito maior do que a soma dessas partes, e cheio de potencialidades.

Diante do reconhecimento de uma necessidade, o mais importante quando se procura a ajuda de um profissional é saber o que você quer mudar, superar, desenvolver. As informações podem ser utilizadas para auxiliar esta percepção, para possibilitar em vez de delimitar.

Em geral a sociedade estabelece rótulos e não há como evitá-los completamente; mas podemos aprender que ninguém é simplesmente um “depressivo”, “bipolar”, ou qualquer nome que seja. Você é você; e quem você é pode mudar, e muda constantemente. Não limite o que é naturalmente ilimitado...

Camila Sousa de Almeida

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