Era um peixe. Era, de fato, uma vontade de nadar. Mas ele voava no ar, sobre as coisas da terra. Não havia espaço onde ele não pudesse ir, afinal era livre da necessidade de líquidos para fluir. Tudo isso fazia um grande sentido, apesar de esdrúxulo e inigualável no mundo das espécies aquáticas, que era o mundo dos terráqueos. Todo mundo no mundo sabe nadar, e quando não sabe, nada. Nada mesmo. Nenhuma invenção humana superaria tamanha patacoada que a de um peixe que não nadava na água.
Camila Sousa de Almeida
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