Um guarda-roupa entreaberto, um par de sapatos no meio do quarto; denunciando a preguiça de quem chegou à noite em casa depois de todo um dia de trabalho. E o silêncio. O silêncio de quem não quer ligar a TV nem ouvir música. O silêncio de quem ouve o som dos carros passando na rua. Aquele silêncio de quem se pergunta: onde eu perdi isso? Na adolescência, na melancolia finda? Uma cama se torna mais macia quando aproveitamos ainda acordados. Quando sinto, é pra mim que tudo isso existe. É que a gente escuta melhor muita coisa no silêncio de uma luminária...
Camila Sousa de Almeida
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