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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Diferentes GerAções



O convívio entre as gerações é marcado pela estranheza e às vezes pela incompreensão; alguns gostam do que está diferente enquanto outros reclamam exatamente porque algo mudou. Em todas as épocas, entretanto, podemos observar vantagens e desvantagens; e mudanças em relação a outras épocas que podem significar avanços ou retrocessos, dependendo dos valores que sejam usados como referência para avaliar. 

Hoje, por exemplo, os cidadãos homossexuais, bissexuais e transgêneros têm muito o que comemorar das mudanças conquistadas na sociedade nas últimas décadas, que lhes trouxeram mais liberdade e respeito aos seus direitos, mesmo ainda havendo muito o que se transformar para garantir a dignidade integral de tais indivíduos e grupos. Isto, do ponto de vista dos direitos universais garantidos pela “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, entre outros valores, crenças e políticas que os valorizem. Porém, existem também outras linhas de pensamento, como determinadas crenças religiosas, que podem entender tais mudanças como maléficas. A diversidade humana permite que uma mesma coisa possa ser vista como positiva e negativa.

Mas as dificuldades de relacionamento entre as pessoas de diferentes gerações podem também ser causadas, ao contrário do que se pode pensar com mais frequência, pelas semelhanças entre pais e filhos, avós e netos.

Não é difícil observar dentro (e fora) do consultório histórias de filhos(as) que se magoam com pais/mães magoados(as); netos(as) que guardam rancor de avôs/avós rancorosos(as); teimosia batendo de frente com teimosia; atitudes infantis de filhos(as) que causam e/ou são causadas pela infantilidade emocional da mãe, do pai; etc.

E os(as) filhos(as), às vezes por manterem a inocência da crença de que estes familiares mais velhos são superiores a ele/ela, não enxergam o quanto estes enfrentam também seus próprios problemas. E/ou por estarem mergulhados(as) em suas próprias emoções e culpas, podem não perceber que as dificuldades também estão do lado de lá, e não só do lado de cá.  

Hoje é comum pessoas idosas ficarem deprimidas e precisarem fazer terapia, uma prática que na época de suas juventudes não era habitual. A visão que se tinha de que psicólogo era pra “doido” ou pra gente fraca, ainda persiste em algumas mentalidades, não só nas pessoas que hoje estão na terceira idade. 

Respeitando o tempo e o modo de cada um lidar com suas dificuldades, nós só podemos fazer nossas próprias escolhas. Sabemos que os membros de uma família se influenciam mutuamente, mas é possível viver bem entre as diferenças e semelhanças de quem se convive, a partir do momento que você toma a responsabilidade sobre si, e só sobre si; identificando o que é seu, o que é do outro, e o que você escolhe ser e fazer... para ficar bem, primeiramente, com você. Porque quem está bem consigo se relaciona melhor com os outros. :)

Camila Sousa de Almeida

4 comentários:

  1. "vc me diz que seus pais nao te entendem mas vc nao entende seus pais
    vc culpa seus pais por tudo, isso é absurdo..."

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  2. Como sempre inspirada e falando suas verdades com segurança, sabnedoria e profundidade!

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  3. "São crianças como você..."

    Obrigada, Marcelo. :)

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  4. "Porque quem está bem consigo se relaciona melhor com os outros."
    Hey Ho! Let's Go! :D

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