- Camila Sousa de Almeida
- Aracaju, Sergipe, Brazil
- Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Uma comédia
Era noite e Isadora ia dormir
sozinha em casa. Iniciando os preparativos para deitar, tinha ido à cozinha
tomar água, quando ouviu um barulho vindo do computador de seu pai, na sala.
Aquele medinho bateu e ela achou melhor entrar no quarto e deixar o barulho pra
lá. Mas a consciência pesou, pois o aparelho podia dar algum problema sério e
ela contribuir pela negligência... voltou. De perto, o som que ouvia parecia
muito com alguém digitando em algum teclado... nossa, sinistro! Aproximou-se
mais ainda e pensou: “se estivesse em um filme de terror, essa seria a hora da
entidade aparecer”. E sentiu aquele medinho... Logo em seguida deu um apagão: “aaaah,
a energia faltou, então era isso!”. Caminhando pro quarto, na total escuridão,
bateu o medinho de novo: “se isso fosse um filme de terror, com eu sozinha em
casa, faltando energia, essa era a hora perfeita para o serial killer me
pegar...!”. Mas aí Isadora acendeu uma vela, escovou os dentes e deitou.
Demorou um pouco a adormecer; ficou sentindo falta daquela distração cotidiana
até o momento de dormir... Obviamente, Isadora percebeu o que já sabia: a gente
assiste o filme, e depois o filme nos dá a assistência (in)de-vida
Camila Sousa de Almeida
sábado, 27 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
E nova ação
Ser normal é enquadrar-se no grupo da maioria, é estar contido nas estatísticas mais abrangentes, é compartilhar dos costumes e aparências mais comumente observáveis. Em se tratando de saúde mental percebo que hoje em dia cada vez mais se usa o termo ‘típico’ e ‘atípico’ em substituição a ‘normal’ e ‘anormal’, mas não é só esse campo que opera mudanças, muitos outros também se valem de novas denominações para provocar a REleitura de velhos conceitos.
À primeira vista pode parecer que nada mudou, porém a análise dos termos permite notarmos que o caráter das colocações muda completamente na medida em que abandonam o teor qualitativo pelo quantitativo. Assim, ser normal ou anormal implica necessariamente num julgamento, estes nomes classificam implicitamente o indivíduo em bom ou ruim. Já o típico e atípico se referem à frequência em que são vistos, sem trazerem arraigados a si qualquer tipo de hierarquia ou valor.
A todo instante as nomenclaturas utilizadas pela sociedade mudam e não é por acaso, poucos se dão o trabalho de interpretar o que falam, apenas perpetuam a mudança sem observar a inovação semântica. Alguns, inclusive, nem se dão ao trabalho de mudar, permanecem engessados nos termos antiquados e carregados de valores inadequados.
Fico feliz, muito feliz, a cada leitura que faço e leio sobre o desenvolvimento atípico na infância, sobre o comportamento atípico nos portadores de determinado transtorno. Em seguimento a esses textos quase sempre se discute as formas de tratamento com relação a essas pessoas, as maneiras de tratá-las e garantir-lhes qualidade de vida. E isso não se fazia no tempo em que eram classificados em normais e anormais, a discussão se encerrava nesse ponto como se por acaso os anormais não tivessem chance de progredir. A anormalidade era um decreto, o desenvolvimento atípico é um novo caminho, diferente.
Então por meio dessa análise eu tento abrir os olhos de quem ainda pensa que a mudança de uma palavra por outra não carrega profundas transformações no entendimento do comportamento humano. Pra você que acha que deficiente e aleijado são a mesma coisa, que caduco e idoso são sinônimos, diria que precisa prestar atenção ao sentido implícito em cada palavra que diz. Atente para o que fala, pois as mudanças não ocorrem em vão e quem não as compreende é porque não lê a respeito nem participa das mudanças ideológicas por trás de uma ‘simples’ mudança de termo.
Ricardo Senna
Fonte: http://mente-hiperativa2.blogspot.com.br/2012/10/novos-termos-que-carregam-novas-ideias.html
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
"Do que depende a minha felicidade"
Joãozinho estudava e trabalhava de dia e só tinha a noite para brincar. Por isso, o pôr-do-sol trazia pra ele muita alegria. Um dia a professora pediu que os alunos fizessem uma redação com o tema "do que depende a minha felicidade". Na sua redação, Joãozinho falou do sol; contando que dependia do movimento dele para ter o melhor momento do seu dia. Ao ler a história, a professora aproveitou para dar uma lição de geografia: falou sobre o nosso sistema solar, onde o sol, no centro, fica circulado por planetas girando ao seu redor, além de girarem em torno de si mesmos... Foi aí que Joãozinho entendeu que na verdade o sol nunca se põe! Nós é que mudamos e, por isso, o enxergamos diferente.
Camila Sousa de Almeida
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
No meio do caminho não tinha uma pedra
Na época de Drummond tinha uma
pedra no meio do caminho. Hoje, quando caminho, encontro buracos. Muitos, por
todos os lados! Passo por uma banca de revistas e vejo uma manchete de jornal: “Pai
estupra filha em pleno dia das crianças!” Como?! Quer dizer que se fosse outro
dia do ano seria menos absurdo??? Como diz um velho amigo, é uma falta de
absurdo... Antes a pedra do que a falta dela, ou seja, o buraco.
Por que somos bons atletas quando
se trata de fugir do esforço? Ficamos acomodados quando temos à disposição um
carro; esquecemos que temos pernas! Elas existem, e se existem, não é por
acaso. E não é porque sejam vingativas não, mas se não lembrarmos muito delas,
elas também nos esquecerão; com razão de não fazer questão de serem boas na
hora que a gente precisar de uma forcinha. Beber ou comer algo estragado nos faz
passar mal, mas vômito não é castigo; é a natureza seguindo sua ordem em busca
da natural harmonia.
Nesse trecho de menos de meia
hora de caminhada senti que é muito menos arriscado não desviar do catador de
lixo bêbado do que do estranho engravatado. Porque, como concluiu meu primo em
sua sabedoria, é melhor ter certeza de uma verdade feia, é melhor uma sincera
futilidade... Perigoso é não saber. Pior é a incerteza do que o outro pensa e
quer de você.
A falta, o escondido, o comodismo
e outras barbaridades modernas são reflexos de alguma coisa que estamos
chamando de sociedade. Na realidade o que parece é que nos tornamos sócios
falidos de uma catástrofe natural encomendada. Mas, felizmente, pernas também
fazem pensar. As danadinhas sempre nos levam a algum lugar...
Camila Sousa de Almeida
domingo, 7 de outubro de 2012
As viagens da viagem
Uma viagem, qualquer que seja,
começa muito antes de você sair do lugar. O ponto de início é na sua cabeça:
quando você pensa, decide e planeja ir. Independente da ordem que isso
aconteça, antes de ir você tem que comprar a passagem (ou revisar o carro, a
bicicleta, etc) e a partir daí o seu dia-a-dia começa a ser adaptado aos novos
gastos que você fez e/ou está fazendo e fará. Pode ser que você tenha que abrir
mão de outras coisas por ela. Aí, a viagem já mudou a sua vida, mesmo antes de
acontecer de fato.
Provavelmente você conhecerá
pessoas nesse processo ou entrará em contato com conhecidos/parentes que talvez
não fale há muito tempo. A viagem lhe aproxima das pessoas mesmo sem encontrá-las
pessoalmente.
Uma das partes que acho mais
divertida é fazer a mala! Parece que toda a viagem, em algum plano, é feita
neste momento: você escolhe as roupas que vai levar pensando no clima, nos programas,
nas pessoas, nos lugares, na praticidade, no espaço, na hospedagem, no tempo...
Você vai imaginando tudo, para utilizar bem as suas malas e sacolas com aquilo
que realmente vai valer a pena ser carregado. Acessórios, produtos de higiene,
calçados, documentos necessários... Tem que escolher o que vai e o que fica,
não tem jeito. E pra tomar as decisões é preciso saber imaginar, sendo realista ao mesmo tempo.
E nisso, você acaba redescobrindo
suas coisas... Tem roupa que há muito tempo você não usa e pode resolver levar,
seja pelo clima diferente de onde vive, seja pela oportunidade de ser diferente
em outro lugar... Parece que é mais fácil mudar junto com outra mudança, né?! O
melhor da viagem é mesmo aproveitar.
Mas pra viajar tranquil@ você tem
que pensar também no que está deixando. O que há para se resolver? Adiar ou
adiantar compromissos, pagar contas, arrumar quem regue suas plantas... Você
aprende a se organizar de uma forma diferente, sair da rotina. A viagem, antes
mesmo da ida, já é uma vida extra-cotidiana...
Então em algum momento, “finalmente”,
chega a hora da viagem, que já começou há muito tempo... Você se transforma no
próprio movimento; o corpo acompanha a mente. E lá, a viagem é diferente das
suas viagens. A volta é quase sempre mais rápida, e a bagagem nunca volta a
mesma. Às vezes volta mais leve, às vezes mais pesada, mas sempre volta mais
cheia...
Camila Sousa de Almeida
sábado, 6 de outubro de 2012
Tô ligada!
Quando eu era pequena não entendia
porque uma pessoa que quebrou o braço não podia jogar futebol; ficava me
perguntando o que o braço engessado tinha a ver com o movimento das pernas,
afinal era com elas que se jogava!
Hoje, com um dente arrancado, precisando
repousar completamente, experimento na prática a compreensão de que tudo em nós
é conectado...
Camila Sousa de Almeida
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
“Cada um sabe onde o sapato aperta”
"Uns sapatos que ficam bem numa pessoa são pequenos para uma outra; não existe uma receita para a vida que sirva para todos."
Carl Jung
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Os lírios que crescem nos jardins
No meu jardim, em meio às orquídeas plantadas na terra, cresceu espontaneamente uma planta com umas folhas de um verde super bonito, que ninguém chamado de gente plantou. Uma vez saí de lá numa sexta-feira e uma folha dela estava com uns 5cm; mas quando cheguei na segunda ela havia crescido praticamente o dobro! Levei um susto, mas fui percebendo que é assim mesmo... Hoje estava regando as plantas e observei que a outra folha cresceu mais ou menos 2cm de ontem pra hoje. Que fantástico isso, né?! Cresce tão rápido... e a gente nem vê o movimento, só percebe depois que está visivelmente crescida. Eu fiquei me perguntando por que ela não faz isso na nossa frente! Parece que faz escondida, pra nos surpreender... Uma amiga me disse que se chama lírio, mas talvez tenha outros nomes...
Camila Sousa de Almeida
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