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Aracaju, Sergipe, Brazil
Sou uma terapeuta ericksoniana; trabalho com Psicoterapia Breve, utilizando, sob medida para cada pessoa, técnicas de Hipnose e Arteterapia. Sou também doula: acompanho gestantes durante o pré-natal, parto e pós-parto. Qualquer dúvida e interesse, entre em contato! Terei o maior prazer em poder ajudar. :)

quarta-feira, 31 de julho de 2013

A Majestade, o Sabiá

Lembro que quando estava fazendo o curso de hipnose um colega observou que esta música parecia estar descrevendo um transe... E não é que parece mesmo?!


Meus pensamentos
Tomam formas e viajo
Vou pra onde Deus quiser
Um vídeo-tape que dentro de mim
Retrata todo o meu inconsciente
De maneira natural
Ah! Tô indo agora
Prá um lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o Sabiá
Tô indo agora tomar banho de cascata
Quero adentrar nas matas
Aonde Oxossi é o Deus
Aqui eu vejo plantas lindas e selvagens
Todas me dando passagem perfumando o corpo meu
Está viagem dentro de mim
Foi tão linda
Vou voltar a realidade
Prá este mundo de Deus
Pois o meu eu
Este tão desconhecido
Jamais serei traído
Pois este mundo sou eu

Roberta Miranda

terça-feira, 30 de julho de 2013

A vida privada

Era só um nome e mais algumas palavras. Não, não era. E não conseguia evitar esse algo a mais. Era um rubor, uma tremedeira, eram possibilidades terríveis e, acima de tudo, pensamentos. Que transbordavam pelo suor deixando a dona do nome molhada de crenças. Um... dois... três... quatro... cinco... Passou disso, mudava a história. Era um bicho-de-infinitas-cabeças, com olhos, bocas e ouvidos, prontos para lhe perceber e pensar algo importante sobre isso. Não, não se tratava de dizer um nome e algumas palavras. Não se tratava, por isso. Por isso era um tribunal em que já entrava condenada. Era um filme de terror que só ela mesma assistia. Ah, se soubesse desde o início ser roteirista... Precisou aprender na terapia. 

Camila Sousa de Almeida



quinta-feira, 25 de julho de 2013

Eles passarão... eu passarinho!

Amigos vão embora, mas as amizades ficam. Ao longo da vida fazemos amigos, mas nunca os perdemos. Podemos perder o programa, o contato, o telefone... mas não o amigo. Porque se ele vai embora (ou você vai), vocês carregam um ao outro. Em forma de boas lembranças, de sentimentos bonitos, de presentes que continuam presentes... Se nada disso existir, nada foi perdido. Em vez de perder, você ganhou, sabe o quê? Aprendizados. Porque muitas pessoas se disfarçam, quando na realidade são aprendizados ambulantes, e andam por aí oferecendo experiências aos montes... Falando assim até parece que amigos não são aprendizados também. E como são! Aprendemos com eles desde a dar risada de piada sem graça até a reconhecer nossas faltas. E sabe o que mais ganhamos com essa perda que não existe? Amigos! Os que existem mesmo e já estão nas nossas vidas, precisando de mais de nosso tempo, e os que estão a caminho, e vão precisar também...

Camila Sousa de Almeida

Um sol lindo

Eu tenho uma lembrança que vai ficar pra sempre... De uma viagem que fiz com a família pro interior de Alagoas... No meio da viagem, estávamos passando por um povoado na volta pra casa, quando começou a chover... E as pessoas foram pra rua, era uma chuva forte, e era no meio da tarde... Tava um sol lindo, e aquela água toda caindo... E as crianças faziam uma farra no meio da rua... As mulheres com panelas e baldes... E eles simplesmente dançavam... Eu era menina pequena... Deu uma vontade de chorar quando vi, tamanha era a felicidade que sentia quando via tanta felicidade naquelas pessoas que nunca tinha visto na minha vida... Desde então eu sempre comemorava a chegada da chuva, lembrando dessa cena que me marcou tanto!

Mony Grazielle



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Não sabia que sabia ser sábia


Houve um tempo em que Lucile achava que não sabia o que queria. Andava por aí com seu diário, onde fazia anotações sobre outras meninas, sobre o que achava delas e o que elas achavam dela. Eram coisas difíceis de dizer. Ao menos, escrevia. Pensava às vezes em francês, dizendo para si mesma, com seu rótulo de desastrada, “c’est la vie”. A vida era para ser aceita, tal como era dada, porque tinha aprendido isso desde cedo em alguma cartilha socializada. Mas o tempo é mensageiro e fez Lucile perceber que suas dúvidas também podiam ser caminho: descobriu a profissão de pesquisador, aquela que toda criança já nascia especializada. Tal descoberta a fez levar a sério seu diário, tão sério que anotava até piada! Achou que um dia tudo aquilo serviria de material importante para a evolução da humanidade. Estava certa e errada. Não sabia ela, ainda, que um dia seria muito pouco... Muito pouco para o monte de dias que ela transformaria todas aquelas experiências em sabedoria para ajudar os outros. Ela só não sabia que sabia, desde sempre, o que queria. Pesquisando a si mesma, suas potencialidades, foi evoluindo e se tornando muito mais humana, aceitando a vida como era... Com uma flor sorrindo pra ela em cada tropeçada... 

Camila Sousa de Almeida

domingo, 21 de julho de 2013

Efeito Borboleta

A sua vida pode mudar sutil ou completamente. Ela pode mudar de rumo quando você resolve fazer amizade com aquela menina que você desprezava. Ela pode mudar quando você decide fazer uma coisa que acha que não gosta. Ela muda, quando você escolhe um colégio pela farda, ou por um motivo qualquer. Sua vida toma um rumo diferente do que poderia tomar quando você repete uma série; quando adianta uma; quando o início de um curso atrasa; quando você responde gentilmente alguém na internet. Sua vida muda quando você faz um post no blog ou nas redes sociais. Sua vida pode mudar, imprevisivelmente, quando você lê um deles...
Camila Sousa de Almeida




quarta-feira, 17 de julho de 2013

O princípio do segundo que foi o primeiro

Mal tinha começado a escrever e já começou a crescer: fazia do papel a própria poesia. Mas escrevia gaguejando; soltava versos sozinhos e, com medo da solidão, não ia adiante com nenhum deles. Foi quando num dia, noturnamente, abriu uma página debaixo do telhado de brilhantes e enxergou lá dentro uma palavra única e cintilante: "universo", dizia em letras pequenas, mas gigantes. Soou como um gritante cochicho em seus ouvidos infantes. Uma palavra só trazendo sentido para muitas e, não-verbalmente, uniu os versos que tinha soltos e com eles formou algo muito mais crescido do que o que tinha acrescido. Foi assim que, num primeiro segundo incontável pelo tempo, descobriu o poder dos so(l)zinhos...


Camila Sousa de Almeida


sábado, 13 de julho de 2013

A matemática do infinito no ponto final

O ponto é ruim?

Puxe ele, faça um traço.

Continua?

Faça a curva, virou vírgula.

Não satisfez?

Apague, faça outros.

Mais dois desses você ganha o infinito das reticências...


Camila Sousa de Almeida
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